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Actualizada em
14/01/14
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Entrevistamos a Presencia Zero

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Junho de 2005

A inexistência de espaços musicais para os grupos que se expressam em galego é umha realidade esmagante no cenário musical na Galiza, saturado por produçons musicais espanholas e politicamente correctas, feitas para consumo de massas. Fábricas de "músic@s" como Operaçom Triunfo conformam a linha musical "permitida", os McDonalds da música, jogando um papel fulcral na espanholizaçom e alienaçom da juventude. Cançons idiotizantes, repetitivas, como qualquer "êxito do verao", nom só espanholizam os espaços de lazer d@s jovens, mas transmitem umha série de valores patriarcais como o sexismo e o machismo, ao mesmo tempo que vendem umha imagem do que se quer que seja um/umha moç@ galeg@: umha máquina estúpida de consumir cubatas e cocaína nos fins-de-semana, enquanto se deixa a pele no trabalho durante os dias laborais.

BRIGA quer empregar a sua web para potenciar esse tam necessário lugar para os grupos galegos e combativos, que nom só nom som impulsionados por concelhos e discográficas, mas som ninguneados e excluídos de um cenário musical que lhes corresponde por direito. Hoje temos connosco Presencia Zero, um dos grupos de metal em galego mais novos, que @s que assistimos à Escola de Formaçom´05 organizada por AGIR e BRIGA já pudemos desfrutar em concerto. A seguir reproduzimos a entrevista feita ao grupo:

A actual escaseza de bandas que cantem em galego é umha das tónicas habituais do cenário da música na Galiza, ainda mais no caso do metal. Quais pensades que som as causas, e que vos levou a expressar a vossa música empregando o nosso idioma?

Umha das principais causas pode ser a actual situaçom diglóssica existente na Galiza que afecta directamenete a música. Nós cantamos em galego porque seria estúpido cantar noutra língua se levas falando galego de toda a vida.

Sodes umha banda de gente muito nova. Que razons vos levárom a começar a fazer concertos?

O apoio doutros músicos de zona foi o que nos fijo dar o paso. Tivemo-lo fácil graças a que nos emprestavam os instrumentos e um local onde tocar.

Aguardades poder dedicar-vos profissionalmente música? Que possibilidades vedes para um grupo como o vosso?

Nós vamos para estrelas (risas). Nom a sério, nós fazemos isto só porque nos mola e porque temos bebida de graça quando vamos tocar. Mas estaria bem que um grupo galego se figesse notar cantando em galego. Seria umha boa reivindicaçom da língua.

As letras comprometidas e combativas brilham também pola sua ausência na maioria do panorama musical galego. Que efeito buscades à hora de compor letras reivindicativas?

Só intentamos transmitir todo o que nos rodeia, som letras reivindicativas devido aos numerosos problemas da sociedade actual. Chega com ligar a televisom e ver o telejornal (nom acredites nada) para obter os motivos polos que fazemos estas letras.

Em que estilo enquadrades a vossa música?

Podese dizer que fazemos umha espécie de rap-metal-brutal-rural-em galego... e abraço aberto!

Quais som as vossas influências musicais mais destacáveis?

Rage Against the Machine é umha das influências mais comum entre todos nós. Ainda que escuitamos um pouco de todo (agás Bisbal e colegueo) outros grupos dos que gostamos muito som: System of a down, Korn, Sepultura, Cypres Hill, Tool, Slipknot, o´funkillo, Sugarless.....

Para quando a primeira ediçom dum álbum?

Nom temos nada programado; a ver que nos traem os reis magos do ano que vem, ainda que normalmente se portam melhor os camelos (risas).