BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Intervençom política Dia da Galiza Combatente

imagem Outubro 2012

Oferecemos a seguir na íntegra o discurso lido pola companheira Eva Cortinhas em nome da Mesa Nacional de BRIGA passado dia 12 nos jardins de Carlos I na Corunha, durante o ato político do Dia da Galiza Combatente organizado por NÓS-Unidade Popular.


Companheiras, companheiros, bom dia:

É um prazer para BRIGA estarmos presentes em mais umha ediçom do Dia da Galiza Combatente, cita já ineludível desde que em 2001 foi instaurada por Nós-UP na agenda política da esquerda independentista.

Como dizia, é um prazer estarmos aqui, mas por acima de todo é umha necessidade que a juventude rebelde galega tenha voz num dia como o de hoje, de homenagem à combatividade e resistência dumha Galiza que nom se resigna.

É umha necessidade porque nós, como o admirável Foucelhas, somos rebeldes e insubmissas ante umha realidade opressiva, mas sobretudo, a nossa presença aqui é fundamental porque temos muito que dizer.

Às jovens galegas de hoje tocou-nos viver umha realidade combulsa e acelerada em que as agressons por parte da burguesia tenhem-se tornado já no pam nosso de cada dia. As planificadas medidas destinadas a reconduzir o processo de degeneraçom que sofre o sistema capitalista, recaem com especial virulência sobre a juventude, e longe estamos de exagerar quando afirmamos que já somam milhares as moças e moços que cada ano abandonam a Galiza fugindo desta realidade de miséria.

Desemprego estrutural, eventualidade, práticas nom remuneradas, contratos lixo, despedimento barato. Em definitiva TERRORISMO PATRONAL, companheiras e companheiros, inserido numha ofensiva ideológica de caráter global destinada a perpetuar umha já mais que evidente ditadura da burguesia. A reforma da lei do aborto, a reforma do código penal, os abusos policias, a perseguiçom de jovens independentistas, a criminalizaçom mediática, a LOMCE ou nova Lei da “Educaçom”, nom som mais que ferramentas para domesticar-nos e submeter-nos às necessidades e interesses desta ditadura de Espanha e o capital.

As jovens galegas fumos forçadas a viajar num comboio cujo destino nos horroriza. Um comboio lotado de jovens depauperadas, alienadas, inconscientes e resignadas que acreditam na propaganda da derrota e ainda nom comprovárom o enorme potencial transformador que possuímos. Nas nossas maos está seguir o exemplo de combatentes como o que hoje aqui homenageamos, para tirar-nos deste infernal comboio e pôr-lhe freio dumha vez para sempre.

Vam lá já 60 anos desde que Benigno Andrade,Foucelhas, foi assassinado a garrote polo terrorismo franquista, 60 anos em que por muito que nos digam, semelha ter mudado todo mas nom mudou o imprescindível, 60 anos após os quais a opressom da classe trabalhadora, das mulheres e dos povos continua a ser umha realidade inquestionável.

É por isso, que a luita que o Foucelhas travou naquela altura continua hoje sendo necessária e plenamente vigentes os métodos empregados. É por isso, que nom estamos aqui para chorar a um morto em combate nem estamos aqui para lamentar um suposto passado de derrotas.

A juventude organizada em BRIGA está hoje aqui para afirmar e advertir que nom só somos jovens rebeldes e orgulhosas do nosso passado mais combativo, mas também temos o firme e irrenunciável compromisso de incorporar a experiência e o legado das nossas combatentes à nossa praxe diária e agir como continuidade daquelas mulheres e homens que noutrora luitárom pola consecuçom dumha Galiza livre das opressivas cadeias do patriarcado, Espanha e o capital.

Prometemos vencer e venceremos!

Denantes mortas que escravas!

Galiza, Outubro de 2012