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Actualizada em
14/01/14
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Folha agitativa nacional volveu às ruas este outubro

imagem Outubro 2012

Com o início do calendário político à volta dos eventos polo Dia da Galiza Combatente, BRIGA acabou de tirar um novo número da nossa folha agitativa nacional, o A Pé de Rua. Alcança com este primeiro número do curso político 2012-13 o número quatorze, dedicando-o na íntegra a render homenagem ao luitador Benigno Andrade "Foucelhas", cultivando esse labor tam devaluado por mor da injerência da falsa progressia, a recuperaçom da memória histórica.

A memória dum povo que luitou e que reconhece nos seus filhos e filhas combatentes a semente dumha naçom viva, onte e hoje, que recupera o melhor do seu passado para desbastá-lo e oferecê-lo adaptado à atualidade, sem aditivos amaciadores nem exageros imprudentes. Mas, isso sim, com a crítica e autocrítica para fazer amanhá sempre algo melhor do que hoje.

Eis o texto na íntegra:

FOUCELHAS, EXEMPLO DE REBELDIA

Anos há que o combatente galego "Foucelhas", natural do concelho ordense de Messia, adquiria notável fama pola sua habilidade para fugir das forças de repressom espanholas. Nom tantos, porém, como para esquecê-lo.

Em 2012 fam-se 60 anos do seu assassinato nas dependências militares corunhesas, após ser vilmente torturado. 60 anos nom representam apenas nem a vida de muitas pessoas. Mas o mito de Foucelhas, a sua memória e o seu martírio, sucumbírom baixo a bandeira rojigualda que decretou o silêncio inacabado desde aquela. A fracassada transiçom política de 1978 e os poderes emanados do atual ordenamento do Estado mantivêrom e mantenhem baixo chave o secreto atrás da fúria rebelde dum jovem galego que "se botou ao monte".

Como tantos outros, Foucelhas é ainda hoje vítima dumha derrota popular frente ao fascismo. Benigno Andrade, assim se chamava, era um humilde camponês da comarca de Ordes convertido em proletário das minas berzianas. Lá começou umha vinculaçom com o sindicalismo de classe que acabou em fugidas, confrontos e rebeliom. Hoje em dia há neste passado aparentemente tam distante três elementos que nom som alheios à juventude trabalhadora galega:

- O permanente seqüestro do poder popular pola legalidade vigente, que assumiu a herança do terror nacional-católico nas atuais estruturas do poder burguês e monárquico.

- A migraçom da juventude dum rural galego ancorado e escravagista cara às zonas mais industrializadas, onde nos convertemos em carnaça para a predaçom capitalista, as suas mortíferas condiçons laborais ou a desumanizaçom do desemprego.

- A necessidade da organizaçom sindical como gêrmolo da luita de classes desde as reivindicaçons mais imediatas até a totalidade dum projeto político transformador.

Foucelhas representa pois exemplo de rebeldia para a juventude galega do 2012. Termos presente a Foucelhas sessenta anos após o seu assassinato a maos do inimigo significa recuperar o nosso passado resistente e manter acesso o facho da necessária rebeliom popular que nos deve alumear o caminho na longa noite de pedra que ainda sigue instalada no nosso país.

FOUCELHAS, ATÉ A VITÓRIA SEMPRE!
CONTRA O FASCISMO E O CAPITAL, A LUITA CONTINUA!