A nossa classe, a nossa Pátria.

Março 2013

Hoje é 10 de março, Dia da Classe Obreira Galega. Umha data marcada em sangue no calendário. O sangue de Amador e Daniel, que morreram baleados enquanto participavam nas jornadas de luita operária do naval em 1972. Daquela, a polícia espanhola torturava, encarcerava, detinha e assassinava. Como fai hoje, e está preparada para votar a fazer quando assim se lhe ordenar.

As suas vítimas, também hoje, 41 anos depois, som pessoas de extraçom popular. Obreiras e obreiros assassinados polo sistema. Condenad@s a viver na precariedade. Competindo entre nós por umha cama num hospital, por serem atendidas as nossas demandas judiciais e defendidos os nossos direitos, por oferecer umha escolarizaçom digna às crianças, por atender às pessoas próximas desvalidas, por ter onde trabalhar e por poder comer, dormir e desfrutar dignamente numha vivenda decente.

Os verdugos também continuam a ser os mesmos. Uniformados às ordens dos interesses da classe dominante, dipostos a cometer tropelias com tal de ganhar o seu salário. Chamamos-lhes mercenários. Eles evitam que a classe obreira, umha vez assumida a necessidade de luitar, poda pôr em perigo os benefícios dumha seleta minoria social.

Hoje a juventude trabalhadora galega padece mais do que nunca nos últimos 41 anos toda a carga da precariedade dum sistema baseado no roubo do nosso trabalho, salários de miséria, horários insuportáveis, condiçons lamentáveis, humilhaçons diárias e, como contrapartida, o desemprego mesmo permanente. O sistema está-nos a expulsar diariamente. Nom pode digerir-nos. Quer manter-nos à margem do lucro crescente dos Ortega, Jove, Mera, Barrié e outras famílias usurpadoras da nossa riqueza.

Hoje, pátria e socialismo som sinónimos.

O orgulho é legítimo quando é defensivo. Nom quando é despetivo ou excludente. Por isso hoje, quando a soberania e a identidade dum povo, o nosso, som agredidas, devemos responder com a afirmaçom orgulhosa dessa soberania e dessa identidade. A isto chamamos patriotismo, consigna irrenunciável dos povos do mundo em luita contra as diferentes formas de imperialismo. Porque nom haverá umha vida digna para a nossa classe se renunciamos à própria identidade, e nom poderá haver internacionalismo se nom começamos defendendo-o aqui em forma de luita nacional e obreira. Os "globalizadores" do capital, quando acabarem com a nossa identidade, entrarám de cheio com muita mais facilidade a roubar-nos todo o demais. Por isso é importante esta data. Por isso é inevitável fundirmos PÁTRIA e SOCIALISMO.

VIVA A NOSSA PÁTRIA!
VIVA O DIA DA CLASSE OBREIRA GALEGA!
AMADOR, DANIEL, A LUITA CONTINUA!

As mobilizaçons convocadas pola CIG amanhá som:

-Ferrol: 12:30 horas, Avenida do Esteiro (local da CIG).

-Vigo: 11:30 horas, Cruce de Lepanto com Gram Via.

-A Corunha: 12:00 horas, Praça de Vigo.

-Compostela: 12:30 horas, Praça Vermelha.

-Lugo: 11:30 horas, Ronda da Muralha (local da CIG).

-Ourense: 12:00 horas, Pavilhom dos Remédios

-Ponte-Vedra: 12:00 horas, Praça da Peregrina.