24 de julho: alargando a nossa independência

À volta das 800 persoas, mui maioritariamente gente nova, marchamos da Alameda ao Toral atravessando o centro da capital com umha ideia chave na cabeça: a independência nacional para o futuro dumha pátria soberana que queremos construir fora de Espanha, da Uniom Europeia, e de todos os organismos de liderado internacional que forçam à obediência cega dos povos do mundo graças à submissom da política burguesa.

Os berros de "INDEPENDÊNCIA", "Espanha é a nossa ruína!", "Contra Espanha, contra o Capital, luita obreira, luita nacional!", "Aqui está, aqui se vê, a juventude, galega em pé!" ou "Canha, canha, canha contra Espanha!", fôrom reiteradamente utilizados como proclamas de rebeldia frente à repressom identitária e a dominaçom económica. Acompanhadas em todo o momento de dúzias e dúzias de bandeiras tricolor e republicanas galegas (azul, branco e vermelho).

Mais umha vez, o independentismo deu umha liçom a si próprio reafirmando-se como força de mobilizaçom popular capaz de tomar o protagonismo nas ruas, levar a iniciativa, transmitir com ilusiom umha mensagem política anticapitalista e feminista, e dotar a juventude dumha referencialidade que favorece um ambiente de entendimento e diálogo entre as diferentes famílias da esquerda nacional.

A nossa organizaçom acompanhou em todo o momento, desde o começo, este processo de diálogo, negociaçom e acordos conjuntos que rematariam ao fim com umha potente alavanca cara a um futuro de mais uniom alicerçada sobre a conversa e a convivência na prática militante.

Ao todo, esta é só umha demonstraçom de força que deve servir de inspiraçom para umha tarefa muito mais complexa: a conscientizaçom da juventude galega sobre os motivos por que objetivamente nos interessa desfazer-nos da nossa dependência a Espanha, à UE, ao FMI, o BCE, etc.

A soberania política do povo trabalhador mediante um Estado galego independente deve ser compreendida por milhares de jovens que aguardam alternativas para a miséria e a frustraçom do dia a dia. E para isso, devemos estar list@s para discutir e debater as nossas próprias conviçons num esforço de demonstraçom, a nós própri@s e ao resto, da certeza e validez das nossas afirmaçons quando dizemos que a independência serve de algo.

Este labor coletivo, que começa no nível mais baixo da cadeia, na pedagogia diária de cada militante, colaborador/a, simpatizante, ou simples patriota galego, deve dar lugar a novas mostras públicas de difusom política que entre a juventude galega tenhem um rol protagónico a jogar, devido à espanholizaçom brutal sofrida no último decénio ao compasso das vitórias desportivas internacionais das seleçons profissionais estatais.

Agora acaba com um bonito encerramento um curso político intenso marcado pola crise estrutural do capitalismo. Mas sem descanso começa um outro em que a chave de ouro da manifestaçom de 24 de julho tem que servir de inspiraçom para ir a mais. Para colocar objetivos e metas mais elevadas que nós como BRIGA assumimos: queremos trabalhar os próximos meses para que o independentismo vaia a mais em cada comarca onde trabalhamos. Para incorporar nova juventude trabalhadora ao projeto de emancipaçom dumha pátria, umha classe, e um gênero.

Só ganharemos se multiplicarmos forças. Com mais energias e no caso do nosso país, com a socializaçom e "normalizaçom" do que significa apostar na independência desde as escolas, as ruas e os centros de encontro e lazer juvenis.

Galeria de imagens de GalizaContrainfo:

Vídeo de Galiza Contrainfo:

Vídeo de GzVideos e Irmandade.tv:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ENuhx4OcVQg