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Actualizada em
14/01/14
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10 galegos morrem em Afeganistám, homenágem ao imperialismo e mentiras sobre a juventude

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Agosto de 2005

O passado 16 de Agosto, 17 militares das forças armadas espanholas morrêrom ao serem presumivelmente alcançados por armamento da insurgência afegá enquanto sobrevoavam o território ocupado polo imperialismo ianque e os seus lacaios europeios. Dos mortos, 10 eram jovens galegos membros da BRILAT de menos de 28 anos de idade.

Após se terem descartado as informaçons falsas facilitadas polo ministro ultraespanholista Bono, quem afirmou que a queda do helicóptero espanhol se devia a um acidente e nom a um ataque, as diferentes forças políticas acometêrom o labor de justificar a agressom e a usurpaçom da soberania do povo afegao. Para isto apoiárom-se nos meios de comunicaçom, que tentam mais umha vez apresentar os militares mortos como heróis, como cruzados da democracia e o humanitarismo que fôrom alcançados pola intoleráncia do fundamentalismo islámico. Estas mentiras nom fam se nom reforçar a ilusom e as falsidades tecidas à roda do suposto carácter humanitário do exército profissional e das agressons a países do Oriente Médio, realizadas com total impunidade e cuja razom nom se encontra numha pretendida defesa dos valores de liberdade e igualdade, mas numha aposta estratégica polo domínio de recursos necessários para manter os privilégios nas decrépitas democracias ocidentais.

Os moços galegos mortos no Afeganistám, no Iraque ou em qualquer outro país que vê o seu direito de autodeterminaçom anulado pola presença de forças militares estrangeiras no seu território, nom som mais que peons do imperialismo ocidental, cans de guerra sacrificáveis para fornecer aos sistemas políticos do ocidente rico da base material necessária para perpetuar a exploraçom de classe e de género. As campanhas de lavado de face do exército espanhol jogam cá um papel fulcral para o recrutamento de jovens, muit@s deles/as de extracçom obreira, que encontram umha saída fácil ao paro estrutural, a sinistralidade laboral e a precariedade próprias do mundo do trabalho na Galiza. A cámbio duns ingressos assegurados e de fácil obtençom, estes jovens renunciam à sua origem nacional e de classe e se aliam com o mesmo estado que provocou a sua situaçom. Nas notícias recolheitas na Voz falava-se do aliciente que para alguns destes soldados mortos tivo o acréscimo de salário que perceberiam ao participar na ocupaçom do Afeganistám.

Enquanto o PSOE continua a mandar efectivos militares à zona para "garantir a paz", a Junta da Galiza decreta dias de luto e prepara as visitas do Rei e do presidente espanhol aos familiares dos militares mortos. As dúzias de moç@s galeg@s mort@s no que vai de ano durante a sua jornada laboral nom tivérom a sorte de serem tam famos@s. Nom merecêrom umha capa, nem umha conferência de imprensa, tam só umhas linhas nos jornais, e as suas mortes nom revestírom importáncia suficiente para que as forças políticas maioritárias se posicionassem publicamente ante a crescida bestial de mortes laborais evitáveis. Os militares ocupantes do Afeganistám, responsáveis da carência de direitos humanos e do seqüestro da democracia nesse país merecem respeito e reverência, os centos de moç@s mort@s em "acidentes" laborais, nom. Estes mercenários som os homenageados, enquanto todas estas outras mortes ficam no anonimato, esquecidas por nom terem o mesmo interesse para a opiniom pública.

De BRIGA expressamos a nossa mais profunda repulsa a este circo mediático que exculpa assassinatos, lava a face aos militares responsáveis dos massacres dos povos do Oriente Médio e esquece as verdadeiras vítimas do capitalismo, que som ocultadas e mesmo ignoradas, maquilhando as causas das mortes de centos de trabalhadores/as: a exploraçom nacional e social de género da que se beneficiam as classes dominantes. Sem destrui-la, nom haverá futuro para a juventude deste País.