BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Continuam as jornadas da Galiza resistente. Crónica de Ponte Vedra

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Especial Recuperando a memória da Galiza resistente.
Referentes para a rebeliom juvenil

Novembro de 2005

Durante os passados dias 14 e 15 de Novembro tivo lugar a continuaçom das Jornadas nacionais pola recuperaçom da memória histórica da Galiza resistente organizadas por BRIGA. A vigência e necessidade de tirar liçons da terrível repressom franquista e a sua ocultaçom durante a maquilhagem democrática do regime franquista (a mal chamada Transiçom) está hoje mais que nunca fora de toda a dúvida. A detençom de 10 independentistas por parte da Guarda Civil durante a jornada do 14 de Novembro, fala-nos da raquítica franja de liberdade de expressom que o Estado espanhol está disposto a tolerar. BRIGA quer denunciar a montagem pára-policial contra à AMI, expressar a sua solidariedade incondicional com @s detid@s para além de reivindicar, caso de houver mais detençons, o direito a que nom sejam seqüestrad@s e a ficarem em território galego.

A gravidade dos factos acontecidos levou a suspender o primeiro dia das jornadas, mantendo o segundo tal e como estava previsto. Após umha intervençom em que se denunciou o despregamento repressivo da Guarda Civil e expressou-se a solidariedade com @s detid@s, Ángelo Rodrigues apresentou o seu livro Letras Armadas, As vidas de Henriqueta Outeiro. A charla-colóquio centrou-se na vida da militante comunista, na sua estrita qualidade militante que a levou a luitar na Guerra Civil, a reorganizar o partido comunista na comarca de Lugo após a vitória dos fascistas e a escrever um dos capítulos mais brilhantes da guerrilha anti-franquista na Galiza. Os anos passados em prisom, após ser emboscada, detida e torturada pola Guarda Civil em 1946, nom acabam com o seu ideário comunista e feminista senom que saiu reforçado. O machismo de muitos quadros dirigentes do PCE acavam por exclui-la da vida militante, sendo isolada e esquecida, em grande parte por desenvolver funçons e atitudes que nom se consideravam ajeitadas para umha mulher.

Na actualidade desconhece-se o paradeiro de milheiros de testemunh@s, causas militares, informes dos assassinatos cometidos pola Guarda Civil e a Falange, deitou-se um manto de silêncio cúmplice sobre as torturas e os matanças, manipulou-se o passado histórico galego agachando a Galiza que resistiu ao fascismo e luitou contra ele com todas as armas das que dispunha, silenciando vidas como a de Henriqueta Outeiro.

Nesta nova democracia que o fascismo desenhou e fomentou, as vidas de luitadoras como Henriqueta Outeiro ou os milheiros de mulheres que morrêrom enquanto luitavam contra o fascismo nom só nom valem nada: tenta-se fazer crer que nom existírom. As recentes agressons contra o independentismo galego nom som se nom um outro intuito de cobrir as incómodas denúncias da Galiza trabalhadora, de esquerda e feminista que nom pensa olhar para outro lado enquanto as liberdades democráticas mais fundamentais som esmagadas pola maquinária repressiva espanhola.