BRIGA ante as últimas convocatória de botelhons

Especial Ser jovem nom é delito

Março de 2006

Ante as convocatórias espontáneas que jovens de diversas cidades galegas tenhem realizado, e ante as declaraçons institucionais e mediáticas que sobre o botelhom se figêrom e estám a fazer-se, BRIGA quer manifestar:

1. Com a excussa do botelhom está a realizar-se um forte despregamento de meios repressivos, nomeadamente policiais, nas zonas de reuniom da juventude, inserindo-se esta vigiláncia e seguimento no plano de controlo social da juventude iniciado este Janeiro polo Ministério de Interior espanhol.

2. Está-se empregando este fenómeno social como mais um motivo para justificar a campanha de intoxicaçom mediática que os meios de comunicaçom levam ensaiando desde há meses, tentando criar um ambiente propício para a diminuçom de liberdades da juventude, apresentando-nos como delinqüentes em potência.

3. A esta campanha de intoxicaçom se unem as declaraçons de cárregos institucionais do PSOE, BNG e PP, que em linhas gerais apostam por incrementar a repressom nos concelhos que gerem e à vez realizar declaraçons ambígüas e populistas que agacham umha total falta de alternativas e preocupaçom pol@s jovens.

4. Está-se a vetar o livre uso de espaços públicos à juventude, assim como o seu direito de reuniom onde esta o decidir. O caso de Compostela é paradigmático, quando a polícia espanhola impediu a entrada de centos de jovens na Praça do Obradoiro, se bem o mesmo aconteceu em Viveiro, Ponte Vedra e outras cidades da Galiza.

5. O objectivo é claramente marginalizar à juventude, armazená-la em guetos já que segundo os governantes molestamos à vizinhança e sujamos ruas e praças, quando os mesmos Concelhos organizam festas e desfiles vários, como o do Entruido ou dos Reis no Natal, que sujam multidom de ruas das vilas e cidades e apesar disso nom som perseguidas e criminalizadas.

6. Esquece-se o factor de socializaçom presente no botelhom, como ponto de reuniom para a juventude, e que nom está presente em outras modalidades da movida nocturna (pubs, discotecas, etc...). Apesar de de BRIGA nom estarmos por um lazer alienante baseado unicamente no consumo de drogas, sejam estas legais ou ilegais, nom se pode obviar que o botelhom reviste esta característica evidente.

7. Aos apologistas da mao dura contra @s jovens, a esses que nos tratam de vándal@s, camorristas e incontrolad@s, lembramos que nom existem alternativas de lazer juvenil real e alternativo na maior parte dos concelhos galegos, e ainda que existissem, sem umha opçom laboral e material diferente à precariedade e incertidom que nos depara o futuro, um outro ócio nom seria mais nada do que um parche inútil.

Galiza, Março de 2006