BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

Loja Virtual
Arquivo Gr�fico
correio-e:
Compartilhar
Actualizada em
14/01/14
novas

Comunicado de BRIGA no dia do orgulho gai, lésbico, bisexual e transexual

imagem

Junho de 2006

A organizaçom quer saudar às mobilizaçons e actos que se sucedem em grande parte do planeta, e aderir plenamente às luitas pola emancipaçom de homosexuais, bisexuais e transexuais, polo direito a viver com plenitude a sexualidade e o próprio corpo, sem imposiçons pré-cozinhadas sobre qual deve ser o rol desempenhado por cada sexo.

Os estreitos limites impostos polo capitalismo nas liberdades básicas afectam directamente à sexualidade, marcando umha série de pautas de comportamento e disfrute sexual que estám intimamente relacionadas com o sistema patriarcal, e que no caso de nom serem cumpridas obedientemente, desencadenam processos de exclussom social, ataques mediáticos, conductas ofensivas e insultantes na linguagem e nas relaçons, etc.

BRIGA nom quer deixar passar a oportunidade de lembrar o papel que a Igreja católica está a jogar neste sentido, acussando sem rubores a homosexuais e transexuais de sofrer doenças psicológicas, de serem "desviad@s" que precisam ajuda, que devem ser devolt@s ao bom caminho da família patriarcal, monogámica, heterossexual, prolífica, socialmente inofensiva e politicamente correcta quanto antes, queiram estes/as ou nom.

Se bem nom deixa de ser o aguardado que a maior transnacional da repressom sexual assuma posiçons tam autoritárias, mui próprias dos diversos fascismos que apoiou e apoia ao longo da sua história, resulta paradójico o número de casos (além dos que nom trascendêrom na imprensa) de curas pedófilos e eclesiásticos protagonistas de abussos sexuais. Mais umha vez, tiram-se pedras que caem no próprio telhado.

No caso do estado espanhol, no que a Igreja sempre caminhou da mau dos franquistas primeiro, e agora dos demócratas-fascistas do PP, nom podemos esquecer a posiçom que a direita do Partido Popular está a ter a respeito da luita polos direitos dos homosexuais. Referimo-nos às continuas declaraçons das cabeças visíveis do PP, cujo retrogradismo, sexismo patriarcal e demogógia som dificilmente catalogáveis, a nom ser que os comparemos com as declaraçons de arcebispos e monsenhores vários da hierarquia episcopal.

Neste dia, no que milhons de pessoas saem à rua para exigir um mundo diferente, no que a vivência do próprio corpo e sexualidade nom seja um caminho imposto, é fulcral que diferenciemos de jeito meridiano quem sai à rua na luita pola emancipaçom, e quem o fai acuciado pola hipocrisia e o reformismo, na procura de votos ou para desmarcar-se da oposiçom fascista. Esta reivindicaçom é património da esquerda e d@s trabalhadores/as, por muito que o PSOE e outras organizaçons o queiram transformar num "glamouroso" desfile anual, tam inofensivo e vácuo como a medida do PSOE de legalizar "matrimónios" homosexuais. A absurda polémica criada por esta medida nom tivo repercussons mais profundas do que permitir ao PP mobilizar ao fascimo espanholista na defesa dessa família da que antes falavamos.

E é que a verdadeira esquerda nom defende um mundo no que as famílias sigam a reproduzir os sistemas de alienaçom e anulaçom sobre a juventude, ou no que as mulheres participem de instituiçons burguesas como exércitos e igrejas. Defende um mundo no que os esquemas de dominaçom sejam derrubados, nom onde @s explorad@s se integrem nos organismos que @s repremem.

A origem histórica desta mobilizaçom dá-nos a razom: Há 37 anos tem lugar a histórica rebeliom de Stonewall em Greenwich Village, Nova Iorque. As contínuas redadas policiais em estabelecimentos frequentados por gais, lesbianas e transexuais acavárom por provocar umha revolta contra as arbitrárias detençons e agressons policiais, que cualhou em vários dias de distúrbios. Mais adiante, organizaçons socialistas rememorariam o espírito combativo e de luita que tivêrom os acontecementos, e se instaurou o Dia do Orgulho gai, lésbico e transexual. Assim, podemos comprobar que as celebraçons festivas e inofensivas que se tentam enarbolar como bandeiras destes colectivos nom som mais que umha imagem propagandística, irreal e que em nada ressume a essência libertadora que esta reivindicaçom possui.

Sem mais, BRIGA quer saudar a todos os colectivos implicados nesta luita emancipatória, e encorajá-los a continuar a criar espaços sociais de resistência contra o capitalismo e o patriarcado.