Novos dados sobre consumo de drogas nom legais na Galiza

Julho de 2006

Através de informaçons aparecidas nas últimas semanas nos meios de comunicaçom puidemos conhecer os dados do último informe institucional em relaçom com o consumo de drogas nom legais na Galiza. Em concreto, o nosso País situa-se à frente do Estado espanhol, que por sua vez já está à frente da UE, no consumo de cocaína. Aliás, Galiza mantém-se, junto com Euska Herria, à cabeça do Estado espanhol no consumo de heroína, se bem o consumo desta substáncia desceu.

@s jovens organizad@s em BRIGA somos conscientes da complexidade do tema das drogas e a relaçom da juventude com elas. Nom queremos deixar de lembrar que estas também som mais umha ferramenta do capitalismo para o controlo social dumha mocidade com nulas perspectivas de futuro. Para a burguesia é melhor umha juventude trabalhadora que procura umha "saída" à sua insatisfacçom material e imaterial nas drogas do que umha juventude trabalhadora organizada e combatente, como a que participou na recente greve do metal (e de jeito contundente e protagonista). A droga foi utilizada com este propósito em muitos contextos de conflito, e segue a sê-lo hoje, em plena ofensiva neoliberal, porque sabem que antes ou depois a precarizaçom, a pauperizaçom e, em definitivo, a crescente exploraçom, vam-lhes estoupar nas maos.

O narcotráfico é mais um negócio do sistema capitalista, um negócio com múltiplas relaçons com a corrupta classe política do regime (algo já plenamente demonstrado na Galiza) e com outras esferas do Estado como os corpos repressivos. Um negócio que, segundo alguns cálculos, supom entre o 25% e o 30% do PIB espanhol. Os narcos som parte da burguesia e da oligarquia, embora as suas actividades nom sejam legais.

A juventude trabalhadora da Galiza nom pode esquecer estas questons à hora de relacionar-se com as drogas, nem pode deixar de denunciar um sistema que, através destas, nos quer passiv@s e dóceis. De BRIGA seguiremos a denunciá-lo e combati-lo.