BRIGA adire ao documento Pola independência dos povos numha Europa dos Povos

Novembro de 2004

BRIGA, organizaçom juvenil da esquerda independentista, vem de aderir ao documento intitulado "Pola independência dos Povos numha Europa dos Povos" elaborado por NÓS-Unidade Popular, Endavant (OSAN) e Batasuna. As três organizaçons políticas assinantes pretendem aglutinarem e articularem arredor do documento a alternativa das diversas forças, que de forma inequívoca apostamos polo direito de autodeterminaçom dos povos, como ferramenta para a superaçom da exploraçom e dominaçom à que se vê submetida a mocidade operária e popular, assim como o conjunto do povo trabalhador galego e doutras naçons oprimidas.

NÓS-Unidade Popular, Endavant (OSAN) e Batasuna fam público o manifesto precisamente num momento em que está de plena actualidade o debate aberto entre os partidos espanhóis e autonomistas sobre a reforma da estrutura estatutária e constitucional do Estado espanhol, no que já se deu em chamar a Segunda Transiçom Espanhola.

Nengum dos partidos estatais, autonomistas ou pseudo-independentistas implicados na reforma questiona o actual marco jurídico-político imposto. Para as forças estatais trata-se apenas de superarem a situaçom de extrema fraqueza em que se acha o capitalismo espanhol ameaçada polas reivindicaçons das naçons sem Estado que ponhem em grave perigo a unidade do mercado estatal. Após o fracasso da ofensiva fascista do Partido Popular para rematar com estas reivindicaçons a burguesia espanhola ensaia umha nova fórmula que com um verniz diferente procura o mesmo objectivo: assegurar a estabilidade do actual regime de opressom e exploraçom. Para o conseguirem contam com a inestimável colaboraçom das burguesias "periféricas" e das elites autonómicas dispostas a desactivarem as reivindicaçons autodeterministas nas suas respeitivas naçons a cámbio de umha tímida descentralizaçom do Estado para um melhor encaixe dos seus interesses de classe no corpete espanhol.

BRIGA quer somar-se às organizaçons assinantes do documento para manifestar que o nosso caminho nom admite muros estatais. As naçons sem Estado oprimidas nom queremos continuar numha cadeia repintada e, no máximo, com direito a vistas europeias. Nada disso. Avançamos polos espaços livres da autoconstruçom nacional e social sem aguardarmos em modo nengum os permissos ou ameaças de Madrid. Agimos e pensamos em chaves próprias, e a nossa independência nom é apenas de palavra, mas de prática, de facto, porquanto damos passos directos em direcçom a ela.