BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

Loja Virtual
Arquivo Gr�fico
correio-e:
Compartilhar
Actualizada em
14/01/14
novas

Entrevistamos Obrint Pas

imagem

Agosto de 2007

A seguir reproducimos umha entrevista realizada ao grupo de Obrint Pas aproveitando a sua presença em Compostela para intervir no passado 24 de Julho no concerto organizado no marco da Jornada de Rebeliom Juvenil.

BRIGA. Como é que Obrint Pas nasce?

Obrint Pas. Obrint Pas nasceu há 14 anos em Valência, numha escola de secundária, éramos umha das primeiras geraçons educadas em catalám e decidimos fazer o grupo para romper o silêncio e aproveitar todas as ganas da juventude que começava a mover-se na cidade e a reclamar umha sociedade diferente, os nossos direitos culturais… Aos poucos começamos a tocar em Valência e polo resto dos Països Cataláns e fora.

B. Som já uns quantos anos de trajectória, como está Obrint Pas a dia de hoje?

OP. Depois de cinco discos tivemos umha grande sorte. Tocamos por toda a nossa terra e desde há cinco anos começamos a tocar fora. Estivemos por toda a Europa e tocamos na Alemanha, na Áustria, na Croácia, na Bósnia, também em França ou na Inglaterra... E também por toda a Península, na Galiza, Euskal Herria, Andaluzia, Castela… rompendo um pouco todos os tópicos, aprendendo dos demais e mostrando também a nossa cultura e a nossa realidade, a dos Països Cataláns.

B. E qual é a situaçom da música feita em catalám nos Països, e especialmente no País Valencià?

OP. Pois ali está bastante bem, bastante forte, para como estava há 15 anos quando nom havia nada. Antes apenas havia no Principat e desde há um tempo acho que o País Valencià está a tomar o relevo e a iniciativa. Há muitas bandas e o mais importante é que tenhem qualidade e diversidade de estilos, nom só ska com doçaina como nós, também de hardcore, electrónica, hip-hop, rock… um pouco de todo. A diferença com o Principàt é que vivemos de costas às instituiçons públicas, temos umha cultura de resistência que funciona hoje bastante, com muitos colectivos e muitas pessoas, e que esperamos que dure muitos anos, que nom se debilite e que vaia crescendo.

B. É conhecida a música galega na vossa terra?

OP. Nom conhecemos muito, a verdade. Tocamos algumha vez com Skacha, com Skárnio, também conhecemos o pessoal de Nao, mas a verdade é que nom se conhece muito. É o que se passa com as culturas como a galega ou a catalá, que tenhem em contra um Estado com toda a sua maquinária cultural que fai com que as diferentes realidades populares dos distintos países dentro desse Estado nom se conheçam. O nosso trabalho e a nossa ilusom é romper este cerco e dar a conhecer a nossa música, interactuando com outros povos.

B. Já nom é a primeira vez que actuades na Galiza, que tal nos concertos e que vos pareceu o nosso País?

OP. Pois figemos há tempo umha pequena gira por salas, também tocamos no Dia da Pátria, num festival com o pessoal de Projecto Global, há pouco estivemos no Festichám e agora para BRIGA. E muito contentes, para nós era um sonho poder tocar em sítios como a Galiza. Nos últimos concertos a gente recebeu-nos mui bem, conhecia as cançons… gostaríamos de vir mais e conhecê-la melhor e também dar-nos a conhecer mais como grupo e a nossa cultura.

B. Para rematar, como vedes a situaçom política e da esquerda independentista nos Països Cataláns?

OP. Num momento bastante optimista, estám a superar-se as dinámicas dos anos noventa sobretodo. Todo vai no seu ritmo mas vai-se trabalhando forte, por exemplo polas Candidaturas de Unidade Popular (CUP) e as diferentes organizaçons que lhes dam apoio e que estám a trabalhar coordenadamente. Nas últimas eleiçons municipais atingírom-se resultados históricos para o independentismo catalán em número de vereadores/as e implantaçom em vilas meias do Principat. É um ponto de partida muito importante e umha esperança. Nos outros territórios, no País Valencià e na Ilhas o ritmo é diferente, mas o independentismo é forte a nível de rua, de organizaçons… Acho que estamos no bom caminho face a unidade, face o projecto da unidade popular.