BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Intervençom na homenagem a Moncho Reboiras

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Agosto de 2007

A seguir reproducimos a intervençom que Cristina Corral, em representaçom de BRIGA, realizou no acto de homenagem a Moncho Reboiras convocado por NÓS-UP coincidindo com o aniversário da sua morte.

Intervençom de BRIGA no acto de homenagem a Moncho Reboiras
Ferrol, 12 de Agosto de 2007 · XXII Aniversário da queda em combate de Moncho Reboiras

“Que importa que nos matem se deixamos semente de vencer” e “prefiro morrer de pé que viver ajoelhado” som duas frases que há tempo que @s jovens revolucionári@s galeg@s levamos tatuado no nosso espírito de luita. Porque @s revolucinári@s nom ficamos apenas com estes dous slogans ditos por ícones esvaziados de conteúdo polos que sempre soubérom que era impossível matá-los por muitas balas que receberam. Para nós, moços e moças da esquerda independentista galega dizer Moncho Reboiras é dizer compromisso, esperança, insubmissom. Berrar Che Guevara é berrar entrega, valentia, superaçom.

Hoje acudimos a este acto cheios de satisfacçom para lhe rendermos homenagem a dous homens que fôrom, som e serám exemplo para várias geraçons de militantes da causa da justiça. A dous homens que nom hesitárom em entregarem as suas vidas por amor à humanidade, por ódio à opressom e a desigualdade.

Ramom Reboiras Noia viveu as misérias do capitalismo já em criança. Aos 9 anos abandonará a sua aldeia natal junto a seus pais na procura de umha melhor situaçom económica. O seu destino será Vigo e mais em concreto o arrabalde operário de Teis. Na tasca dos pais conviverá com os numerosos camponeses convertidos da noite para a manhá em mao de obra barata polo Capital. Será precisamente neste bairro da cidade olívica onde tome consciência nacional e de classe e acabe por militar nas fileiras do incipiente nacionalismo galego de esquerdas. O entusiasmo e a lucidez de Moncho fará possível que se vaiam articulando por todo o país estruturas operárias que posteriormente cristalizarám na fundaçom do Sindicato Obreiro Galego. Sem este trabalho seria impensável a existência nos dias de hoje de um sindicato nacional e de classe da entidade da CIG.

Após a experiência das importantes greves operárias que se produzírom na Galiza em 1972 e que dam pé a um brutal ataque à classe obreira galega por parte do Estado espanhol, A UPG, daquela vanguarda do nacionalismo galego, decide apostar por “formas de luita mais avançadas”. Assim a 23 de Fevereiro de 1975 o intrépido Moncho Reboiras assumirá a responsabilidade do primeiro comando galego. Como todas e todos sabedes na madrugada do 12 de Agosto nesta cidade, nesta rua e nesta porta agentes da Brigada Político Social acompanhados por mais de 300 membros da polícia espanhola assassinam Moncho Reboiras, cuja generosidade e afouteza o levárom a dar a vida para que os seus dous camaradas de comando puderam escapar.

Neste ano também comemoramos o 40 aniversário da queda em combate do latino-americano Ernesto Guevara. Cujos humildes olhos conseguírom aterrar o mundo inteiro dos abutres burgueses. A sua solidariedade internacionalista, a sua ética e moral revolucionárias, as suas ensinanças som algo impossível de expressar em poucas palavras. Só podemos encorajar a cada um e cada umha de vós a lerdes a sua viçosa obra, quer dizer, convidamos-vos a conhecer a verdadeira e apaixonante figura do Che, hoje tersiversada até a saciedade, para que assim surja em cada um de vós a chama corajosa deste homem novo.

O famoso líder afro-americano Malcom X, a quem o Che conheceu em Nova Iorque, deixou escrito que a violência exercida como autodefesa nom era violência senom inteligência. Eis dous homens inteligentes a quem hoje redemos emotiva homenagem.