BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Comunicado de BRIGA em relaçom com os factos do 1º de Maio em Vigo

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Maio de 2005

No dia de hoje, os principais meios de comunicaçom do sistema tenhem dado umha versom interessada, deturpada e falsa do acontecido ontem, 1º de Maio, na cidade de Vigo. É por isso que BRIGA vê-se na obriga de fazer públicos os factos que acontecêrom durante o percorrido da manifestaçom.

BRIGA quer denunciar o papel desinformador, falso, interessado e intoxicador que meios como La Voz de Galicia, El Correo Gallego, a Ser e muitos outros tenhem jogado após o acontecido. As mentiras descaradas estám a ser a base do relatório dos meios do sistema. Em primeiro lugar, os ataques aos dous bancos fôrom levados a cabo por dous jovens encarapuchados, que partirom os vidros das sucursais com barras de ferro. As pretendidas pedras empregadas, ou o encarapuçado solitário com nariz de palhasso nom som mais que simples mentiras, que mostram o grau ao que chegárom os mercenários da informaçom nos seus intentos de manipulaçom mediática flagrante, negando a versom de centos de pessoas que lá estivérom e vírom com os seus próprios olhos umha realidade bem diferente.

Ao mesmo tempo, os meios ocultárom as cargas policiais indiscriminadas disfarçando toda a sua brutalidade. A filiada de NÓS-UP, Sheila Fernandes, que foi agredida por um polícia que lhe abriu umha fenda na cabeça, tivo de ser transladada em ambuláncia ao hospital onde foi atendida de urgência. Esta é a "jovem que no tumulto caiu ao chao e se golpeou violentamente na cabeça ficando inconsciente", segundo a versom de La Voz de Galicia. E como ela, tod@s @s manifestantes que nom permitírom semelhantes atropelos, que nom cedêrom ante a intimidaçom e se enfrentárom à polícia fazendo gala de umha atitude conseqüente, fôrom violentamente espancados, fôrom @s verdadeir@s agredid@s. Sérgio Pinheiro, o nosso militante que foi arbitrariamente eligido como vítima propícia por todo o acontecido, foi espancado, humilhado e maltratado por mais de meia dúzia de polícias, que mostrárom a sua valentia, a sua verdadeira funçom. As pessoas que sofrimos essas cargas, os disparos das pelotas de borracha, os choques contra as forças de ocupaçom, fomos nós. Nós somos @s agredid@s, por muito que os meios tratem de escondê-lo.

A presunta agressom a um polícia local, nom é mais que um intento de justificar essas agressons, de mostrar "o justo castigo" que alcançará a tod@ aquele/a que nom suporte com resignaçom e conformismo a violência do sistema. Por outra banda, a polícia local foi também protagonista nos factos de violência contra @s manifestantes, rivalizando em brutalidade com os corpos da polícia de choque, e fazendo cair essa ilussom mantida polas campanhas de marketing policial em que se apresenta à polícia local como um corpo inócuo e amável: Ontem pudemos ver a sua face real, sem enfeites nem enganos.

Quanto às múltiplas declaraçons da burocracia da CIG e os dirigentes do BNG, que laiam ao céu condenando "@s violent@s" e pedindo umha acçom policial que nom "perturbasse" a manifestaçom, a quem vê perigar a sua imagem nas semanas prévias às eleiçons, queremos remiter à actuaçom de amplas bases de filiad@s da central galega e d@s manifestantes, que se enfrentárom à polícia sem dúvidas, sem pôr nem por um momento em teia de juízo qual era o seu bando neste confronto. É evidente que @s dirigentes destas organizaçons nom só duvidam de bando, mas se aliam com o inimigo das classes trabalhadoras galegas, justificam a actuaçom policial, reclamando umha repressom mais efectiva para quem defendemos à juventude trabalhadora, atrevem-se a chamar covardes a quem luita sem concessons por um trabalho digno para @s operári@s na Galiza. E ainda tenhem a audácia, a grande hipocrisia de chamá-los covardes. Semelhantes palavras nom merecem se nom o desprezo.

O 1º de Maio nom é nem deve ser um dia de festa. Nós, as classes trabalhadoras da Galiza, a sua juventude explorada, condenada à precariedade, ao desemprego estrutural, as mulheres que recebem salários muito mais baixos que um homem polo mesmo trabalho, as dúzias de operári@s galeg@s mort@s cada ano por nom terem as medidas de segurança mínimas que encarecem os custes, nom temos nada que festejar. De facto, cada vez temos menos que perder, e muito mais a ganhar. O Dia do Internacionalismo Proletário nom pode ser um desfile festivo e amável, que pida tímidas reformas e duvidosas melhoras para @s trabalhadores/as galeg@s. Tem de ser um dia de luita, de confronto ineludível entre os que provocam a nossa actual situaçom e @s que a sofremos. Som os bancos, as empresas, o mundo das altas finanças do capitalismo espanhol e mundial os responsáveis das nossas misérias. Nom por acasso fôrom atacadas sucursais bancárias, símbolos do capitalismo mais cru e selvagem, do neoliberalismo que financia guerras, opreme naçons e mantém um sistema essencialmente injusto, ilógico e autodestrutivo. O acontecido ontem no 1º de Maio nom é mais que umha expressom prática desse confronto.

De BRIGA continuaremos sendo conseqüentes na defesa dos nossos direitos apesar da brutalidade policial, das mentiras dos médios de comunicaçom do sistema ou das intoxicaçons de burócratas disfarçados de sindicalistas.

Viva o 1º de Maio!

Viva a juventude combativa!

Viva Galiza Livre, Socialista e Nom Patriarcal!