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Actualizada em
14/01/14
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Entrevista a Sérgio Pinheiro Pena, militante de BRIGA detido na manifestaçom do 1º de Maio em Vigo

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Maio de 2005

Sérgio Pinheiro Pena é militante de BRIGA e foi um dos três detidos da manifestaçom do 1º de Maio em Vigo. Actualmente, acha-se em liberdade com cargos acusado de agressom à autoridade e deve apresentar-se cada 15 dias no julgado.
Ante a quantidade de falsidades e intoxicaçons espalhadas polos meios de comunicaçom do sistema e alimentados de forma irresponsável e vergonhosa pola burocracia da CIG e o BNG, quigemos falar com o Sérgio para que nos conte em primeira pessoa o acontecido.

-A polícia espanhola acusa-te de agredir um polícia local durante o transcurso da manifestaçom, mas nom existe prova negumha na tua contra. Conta-nos como foi que se passou todo?

Eu ficara encarregado da gravar com umha cámara de vídeo o ambiente da manifestaçom do 1º de Maio, e a isso me dediquei durante todo o percurso da mobilizaçom. Num momento da mesma, já contra o final do trajecto, ouvim ao longe muito barulho e vim um tumulto de gente, polo que decidim chegar-me com a cámara para tirar imagens. Quando cheguei lá, a gente já começava a dispersar-se e dous polícias locais marchavam do lugar. A máni prosseguiu sem mais até o fim, quando se produziu a minha detençom e posteriormente as cargas dos antidistúrbios.

- A tua detençom produz-se na própria manifestaçom. Existem numerosos fotografias que mostram a brutal agressom da que és objecto por parte da Polícia Local de Vigo que ainda assim te acusa de resistência e agressom à autoridade. Que foi o que ocorreu neste momento?

Quando estava a falar o Secretário Comarcal da CIG em Vigo, vários polícias à paisana lançárom-se sobre mim sem dar nengumha explicaçom nem identificarem-se. Ainda que algo aturdido, safei-me das suas maos, perdendo todas as minhas pertenças, mas de seguido vim umha cheia de municipais que vinham para mim. Quando perguntei que era o que se passava começárom a agredir-me com as porras. Depois botárom-me ao chao, onde recebim pisotons e pontapés até ser algemado com extrema violência; devia ter seis ou sete polícias em cima de mim, e fum conduzido ao carro. Depois interei-me que nom era o único detido, que outros dous companheiros foram espancados e também passaram a noite nos calabouços.
A única agressom que se produziu no 1º de Maio foi a que sofremos @s que lá estávamos concentrad@s e os únicos agresores fôrom os polícias. Só há que ver as fotos. Nunca tam certo foi que vale mais umha imagem do que mil palavras.

- Ficou patente nas imagens qual foi o brutal comportamento da polícia local e nacional na manifestaçom. Qual foi o trato que recebeste na esquadra?

Já no carro da polícia municipal, recibim um "passeio" durante mais de meia hora por Vigo. Os polícias aceleravam o carro para travar em seco com o objectivo de que me esnafrasse contra a divisom rígida entre os bancos da frente e os de trás. Durante todo o trajecto, nom deixárom de insultar-me e ameaçar-me.
Depois, levárom-me à esquadra da Polícia espanhola, ainda que se ocupárom de mim os municipais que estavam como fora de si, estavam mui alterados.
Ao pouco de chegar, mandárom-me despir e fazer flexons, mas ao ver maçons e as marcas que me produciram na detençom e no caminho à esquadra assustarom-se um pouco e deixárom-me em paz.

- Após a tua posta em liberdade terás lido as declaraçons da burocracia sindical em que acusam os/as agredid@s, incluído tu e a companheira a quem lhe abrírom a cabeça os antidistúrbios, de covardes e de trabalhar a soldo do PP e PSOE. Qual é a tua reacçom e valorizaçom ante estas declaraçons?

Quando tivem conhecimento das declaraçons dos dirigentes sindicais sentim muita impotência e indignaçom. Mas depois analisando já com calma a situaçom e tendo em conta o evoluir do sindicato nos últimos anos nom me surpreende esta atitude.
É evidente que o objectivo destes burocratas é utilizar a CIG como se fosse mais umha ferramenta ao serviço dessa suposta alternativa do BNG e do PSOE, e a combatividade e a luita contra as contínuas agressons à classe obreira nom entra dentro da partitura que o BNG e o PSOE tenhem marcado de cara a deslocar o PP da presidência da Junta.
Por sorte, ainda som muit@s @s que lá estavam e figérom frente às agressons policiais e mostrárom toda a sua solidariedade comigo e com os outros dous detidos.