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Actualizada em
14/01/14
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Cinco filiados da CIG serám julgados o 12 de Março em Vigo polos factos do 1º de Maio de 2005

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Março de 2009

Vam lá quatro anos desde aquela manifestaçom de 1º de Maio convocada em Vigo pola CIG, quando a polícia antidistúrbios espanhola irrompeu na Porta do Sol em plena intervençom final, espancando manifestantes, ferindo de gravidade a umha companheira na cabeça e detendo a três filiad@s da CIG, que fôrom postos em liberdade com cárregos ao dia seguinte. Posteriormente, em base ao arquivo policial, engadiam-se ao banco dos acusados dous companheiros mais. Destes cinco repressaliados, três som jovens militantes de BRIGA.

Ante estes factos, a organizaçom quer fazer públicas as seguintes reflexons:

1. O processo judiciário é profundamente irregular e arbitrário. Além de basear-se em identificaçons posteriores empregando fichas policiais, o processo tem-se centrado nas denúncias feitas pola polícia contra os manifestantes; quando há abundante material gráfico que certifica o abuso de força policial sobre a manifestaçom e as diversas agressons. Maliá todo isto, as sucessivas denúncias à polícia feitas pol@s manifestantes fôrom sistematicamente arquivadas. Demonstra-se que nestas ocasions existem regras de medir mui diferentes em funçom de se faz parte dos corpos repressivos, caso no que tés “licença para matar”, ou se és um/umha trabalhador/a, no que só tés licença para aguantar e nom protestar.

2. A verdadeira culpável dos enfrentamentos na rua foi a polícia. Um polícia local foi o que irrompeu no decurso da manifestaçom provocando o primeiro tumulto, e foi também a polícia nacional espanhola a que rebentou o acto de feche da mobilizaçom a pancada limpa. A maioria d@s trabalhadores/as lá presentes nom fixêrom outra cousa que defender-se dumha agressom injustificada. Este processo tenta punir a quem actuou em legítima defesa, e eximir de responsabilidade penal a quem claramente exerceu umha violência brutal e injustificável.

3. As petiçons fiscais som absolutamente desproporcionadas. Para os três jovens, 5.700 euros de multa e 4 anos e 10 meses de prisom polos delitos de atentado à autoridade e resistência; e as faltas de danos e lesons à polícia. Para os outros dous trabalhadores/as, delegados sindicais, pedem mais de 4 anos de prisom e faltas de lesons. Este é o preço a pagar por ter consciência de classe e ser coerente com ela na rua.

4. O 1º de Maio é um dia de luita. Pouc@s jovens d@s que participamos nessa mobilizaçom e normalmente nos 1º de Maio temos dúvidas sobre o que significa esse dia, como outros como o 8 e o 10 de Março, ou o 25 de Julho. Som jornadas de recrudescimento das contradiçons irresolúveis entre Capital e Trabalho, Feminismo e Patriarcado, Galiza e Espanha. Som dias de luita, nom processons inócuas para lançar quatro consignas e voltar ao conformismo e rotina diárias. Som cenários para explicitar o enfrentamento entre os amos do sistema, a burguesia, e as suas vítimas, a classe obreira, os povos, a juventude e as mulheres.

5. A campanha de assédio à juventude deve rematar. Este julgamento inscreve-se numha guerra contínua de amedonhamento à juventude mais consciente. O ciclo repressivo iniciado com as operaçons Cacharrom e Castinheiras mudou de envoltório, mas o seu objectivo continua intacto: Anular a capacidade de combate da juventude obreira, criar medo à repressom e desactivar compromissos.

Mas a crise estrutural capitalista está dando os seus primeiros berros depois de nascer, e o neno deforme começa a dar os seus imparáveis passos. A nós corresponde nom ceder ante a chantagem e a coacçom, mais necessária do que nunca para um sistema que vê como o seu alicerce básico está a fazer tambalear toda a estrutura. De nós depende tumbá-la, com a nossa solidariedade com os repressaliad@s.

BRIGA convoca umha concentraçom de solidariedade diante dos julgados de Vigo, às 9h30 da manhá (perto da praça de América). Lá vos aguardamos.