Coordenadora contra Guerra de Ponte Vedra: OTAN NOM, BRILAT FORA!!

Abril de 2009

A Coordenadora contra a Guerra de Ponte Vedra começa umha nova jeira de actividades, desta vez, centradas na denúncia do tétrico papel que joga a OTAN como braço armado do imperialismo desde a sua constituiçom o 4 de abril do 1949.

Assim o passado 4 de abril, dia do seu 60º Aniversário, a Alameda de Ponte Vedra acolheu o acto inicial onde várias pessoas despregarom umha faixa com a intençom de tirar do esquecimento a reivindicaçom do “OTAN NOM!”.

Nas vindouras semanas iremos informando das actividades que vaiam programando.

De BRIGA apoiamos esta iniciativa, acreditando na luita antimilitarista como parte do caminho que há que percorrer para dobregar à imposiçom militar imperialista do actual sistema patriarco-burguês.

Polo seu interesse disponibilizamos o texto do díptico editado pola plataforma:

A OTAN é umha aliança militar criada em 1949 por iniciativa dos Estados Unidos e incluindo alguns Estados da Europa ocidental e Canadá. Esta aliança era em teoria defensiva frente ao suposto perigo da Uniom Soviética e os Estados assinantes do Pacto de Varsóvia. Na realidade foi o meio utilizado polos EUA para controlar militarmente Europa, do mesmo jeito que o Plano Marshall foi utilizado polos norte-americanos para assegurar umha boa posiçom na economia europeia, longe do altruismo que nos vendérom. Nesta etapa de Guerra Fria a OTAN foi responsável, por exemplo, da instalaçom na Europa de armas nucleares que punham todo o continente em grave perigo.

Com a queda da URSS e todo o Bloco do Leste entre finais dos oitenta e começos dos noventa a OTAN já nom tinha razom de ser. Mas longe de serem eliminada para favorecer um mundo mais pacífico os seus membros decidírom mantê-la e ampliá-la, convertendo-a no braço armado das potências ocidentais, lideradas sempre polos EUA, no novo contexto de dominaçom capitalista mundial.

Assim começou a sua ampliaçom cara o leste da Europa, a sua justificaçom ideológica como ferramenta para levar a cabo missons de paz ou de ajuda humanitária e a procura de novos inimigos inventados como o terrorismo internacional, o Islám ou qualquer outro que se resistir aos interesses norte-americanos e europeus. E começárom as suas agressons e ofensivas, como o ataque à Jugoslávia em 1999 ou a participaçom na ocupaçom do Afeganistám (com participaçom do Estado espanhol) que ainda continua.

Os enormes gastos militares som também resultado deste novo rumo. O custo total dos gastos em armamento dos Estados membros da OTAN supom o 70% dos gastos militares mundiais. O mesmo sucede no Estado espanhol, com subas anuais continuadas nos orçamentos militares. Para este ano o gasto militar previsto polo Estado é de 18.609,60 milhons de euros, que suponhem gastar 50,98 milhons de euros cada dia, recursos que nom se destinam a resolver os verdadeiros problemas (laborais, sociais, ambientais, a pobreza…) que a maioria temos que enfrentar a diário. Justificam as intervençons militares por razons humanitárias mas é surpreendente olharmos que só destinam 0,006% de todo o gasto militar em questons humanitárias.

Do ponto de vista da nossa cidade, nom podemos deixar de falar da base militar da BRILAT. É umha base militar que ocupa terrenos comunais, que foram já campo de concentraçom e trabalho forçado durante a Guerra Civil, roubados à força polo Estado durante o franquismo, base que agora o Governo espanhol quer ampliar em contra da vontade d@s vizinh@s das paróquias lindeiras. Esta ampliaçom fai parte também dos desígnios e necessidades da OTAN, nom em vam a BRILAT participa na ocupaçom de Kosova, Líbano ou Afeganistám, esta última, por certo, custou 700 milhons de euros às arcas públicas desde 2002.

Por todo elo, da Coordenadora Contra a Guerra queremos aproveitar o 60 aniversário da fundaçom da OTAN para unirmo-nos aos actos de protesto internacionais e denunciar o seu papel real, agressivo e de imposiçom militar do capitalismo em crise. Queremos lembrar as grandes mobilizaçons dos 80 contra a entrada do Estado espanhol ( e com este da Galiza) na Aliança Atlántica, só derrotadas por meio da chantagem e do uso polo PSOE de todos os meios do Estado, também a luita antimilitarista levada avante pol@s insubmiss@s e objectores/as de consciência. E exigimos a dessapariçom da base da BRILAT de Ponte Vedra, a saída do Estado espanhol da OTAN e, finalmente, a eliminaçom da própria Organizaçom do Tratado do Atlántico Norte.

Cartaz editado pola Coordenadora