BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Intervençom de BRIGA no IX Dia da Galiza Combatente

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Outubro de 2009

A seguir reproduzimos a intervençom da companheira Noela Campanha no acto político polo Dia da Galiza Combatente organizado o passado Domingo por Nós-Unidade Popular sob a legenda de Henriqueta Outeiro, comunista, guerrilheira e feminista indomável.

O emotivo acto contou também com as intervenços de Rosa Quintais em representaçom do compostelano centro social Henriqueta Outeiro e o Porta-Voz de Nós-UP, Maurício Castro, ambas misturadas com a poesia do Ramiro Vidal Alvarinho e da Belem Grandal. Ao remate, um vizinho e velho conhecido da homenageada ofereceu-nos as lembranças que ele ainda hoje mantem da revolucionária luguesa finada em 1989.

Companheiras e companheiros:

Em primeiro lugar, queremos agradecer a NÓS-Unidade Popular o seu convite para poder falar aqui hoje. Para a juventude revolucionária organizada em BRIGA, muito especialmente para as jovens que participamos neste Dia da Galiza Combatente, o presente acto tem umha profunda importáncia. Nom som estas palavras ocas, nem cumpridos vácuos, nem formalismos rituais.

Poucas mulheres galegas vivas se tenhem enfrentado a provas tam duras com umha vontade tam firme, com umha determinaçom tam inquebrantável, como a que encorajou o coraçom e o braço da Henriqueta Outeiro na procura de justiça social e emancipaçom para as mulheres, objectivos que impulsionárom o seu projecto vital inclusive nas suas horas mais sombrias.

A luita pola liberdade do seu povo e da sua classe, atenaçadas pola garra fascista que como comunista convencida jurou combater, alentou os anos de juventude desta militante que encarou o golpe de estado fascista com a valentia que lhe faltou a muitos homens, arengando às massas para continuar a batalha quando já soavam as trompetas da claudicaçom da burguesia republicana.

A sua posterior etapa como quadro guerrilheiro e combatente antifascista ilustram umha das páginas mais heroicas da história da rebeliom do nosso povo, assim como o estoico aguante da repressom brutal dos cárceres franquistas, onde a crueldade, a tortura e a negra desesperança da prisom fascista estivo a ponto de costar-lhe a cordura e a vida.

Mas Henriqueta Outeiro resistiu. Nom só ao golpe fascista, à guerra de extermínio que assassinou 10.000 compatriotas em funestas cunetas e estradas solitárias, aos 14 anos de humilhaçom e privaçom que a sua defesa da liberdade lhe custou, mas também à traiçom do PCE que abraçou a monarquia emanada do franquismo e a umha chamada “democracia” que legitimou o vastíssimo océano de sofrementos que provocou o golpismo militar. As convicçons innegociáveis que a levaram a pegar nas armas para combater o fascismo fôrom também as guias do resto dos seus anos de vida, a tabela que mantivo a flote a sua integridade e a esperança num futuro de liberdade. Esta ponte de lus é a que a une directamente com @s que hoje estamos aqui.

Neste mesmo lugar onde a mulher excepcional que hoje homenageamos trabou a sua última batalha, essa que antes ou depois tod@s perderemos, nom só oferecemos um contributo, umha homenagem, um momento de reflexom e respeito por toda umha vida de justa luita. Nas redondezas desta vila que acolheu os seus primeiros anos de vida, @s jovens chegad@s desde os quatro pontos cardinais da nossa pátria queremos fazer umha promessa: A de continuar avançando polo tortuoso sendeiro que leva até o destino polo que Henriqueta Outeiro, Moncho Reboiras, José Vilar, Lola Castro e muit@s outr@s dérom a sua vida: A nossa liberdade. Com certeza, é o único contributo que esta mulher aceitaria.

Viva o Dia da Galiza Combatente!!

Viva Henriqueta Outeiro!!

Viva Galiza Ceive, socialista e antipatriarcal!!