BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Resoluçons do IV Congresso Nacional

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Fevereiro 2011

O IV Congresso Nacional de BRIGA aprovou as seguintes cinco resoluçons durante o decurso da jornada do passado 12 de Fevereiro. Elas referem-se à recente reforma das pensons consensuada pola patronal e o sindicalismo amarelo espanhol. Às também recentes, e de facto em curso, revoltas nos países árabes. Também ao Miguel Nicolás Aparício, como nom. E à luita grevista e ao feminismo de classe.

CONTRA A REFORMA DAS PENSONS

Quando o sindicalismo maioritário espanhol vende à classe obreira, vende-nos. Porque embora milhares de obreir@s jamais depositássemos em CCOO e UGT a menor confiança de classe, tenhem arrogada a nossa representatividade segundo as regras da burguesia.

Toxo e Mendes, e centos como eles, som Estado. Estado que é espanhol. Estado espanhol que é capitalista. Som pois representantes do capitalismo espanhol.

A reforma das pensons é a segunda medida de grande calado aprovada em apenas médio ano polo governo espanhol contra os direitos historicamente adquiridos pola classe obreira na sua violenta dialéctica contra a burguesia. Som medidas do estado capitalista espanhol.

BRIGA quer e trabalha por umha sindicalismo Galego. Um sindicalismo que nada tem a ver com reproduzir a escala nacional umha burocracia sindical cúmplice ou reformista. Senom combativo, de classe, antipatriarcal e fortemente politizado.

Por esse objectivo continuamos a luita, sinalando os responsáveis e os colaboradores necessários da nossa perda de salários, de trabalho estável, de anos de reforma e de rebaixa das pensons, também, agora.

COM A JUVENTUDE TRABALHADORA TUNISIANA E EGíPCIA

Nas últimas semanas umha revolta sem precedentes nas últimas décadas tem varrido o Norte de África, tombando no processo ao ditador Bem Ali e criando umha crise política ainda sem resolver para o governo de Mubarak.

O conflito que se estende como gasolina ardendo por todo o Magreb iniciou-se com a autoimolaçom dum jovem ao qual a polícia privara do seu meio para trabalhar.

BRIGA saúda os heroicos combates da juventude tunisina e egípcia contra as forças policiais dos corruptos governos pro-ocidentais, nos quais a censura, a repressom e a tortura nom som notícia, por servir aos interesses de Washington e Bruxelas.

Estas revoltas som energias de transformaçom juvenil em estado puro, e desejamos que as sinergias sociais criadas permitam umha melhora das condiçons de vida da mocidade trabalhadora do Magreb, que está a libertar-se por segunda vez do jugo neocolonial ocidental que @s condena à miséria.

SOLIDARIEDADE COM A JUVENTUDE REBELDE QUE LUITA. LIBERDADE PARA O MIGUEL!

O IV Congresso Nacional de BRIGA quer manifestar o seu apoio ao jovem trabalhador detido na tarde do passado 15 de Dezembro de 2010 sob a acusaçom de ser o autor da queima dum escritório de emprego da cidade de Vigo que aconteceu na noite anterior à detençom.

As forças de repressom, cans guardians da patronal, raivosas por nom dar apreixado no momento os/as protagonistas da acçom, decidírom dirigir o seu ponto de mira para a juventude trabalhadora que se mostra conseqüente na luita contra esta ordem social que nos explora e nos oprime. Sem dúvida algumha, a queima do escritório é um simples argumento das forças repressivas para atacar a crescente combatividade e coerência de sectores do povo trabalhador galego mais consciente.

Reclamamos a imediata liberdade para Miguel, que nestes momentos se encontra na prisom da Lama, e rejeitamos absolutamente todo este tipo de montagens mediático-policiais que pretendem demonstrar mao dura com a juventude que decide nom resignar-se ante as precárias condiçons materiais de existência a que nos condena o Capital.

EM APOIO À LUITA GREVISTA. 29S, 27J... A POR MAIS UMHA GREVE GERAL!

O IV Congresso Nacional de BRIGA quer reclamar mais umha greve geral na Galiza que logre pôr freio aos criminosos planos antiobreiros executados polos governos lacaios da patronal, planos que castigam especialmente a juventude trabalhadora.

Consideramos a greve como mais um instrumento de luita contra o Capital, mediante a qual podemos defender com dignidade e combatividade todos os direitos sociais e laborais adquiridos polo povo trabalhador em douscentos anos de luita de classes.

As jornadas de luita do 29 de Setembro e, em especial, do 27 de Janeiro, demonstrárom mais umha vez a própria singularidade da classe obreira galega como sujeito transformador que age numha formaçom social concreta, a Galiza de segunda década do século XXI. Estas jornadas constituem mais dous capítulos dumha longa obra que está a escrever o povo trabalhador galego no caminho da sua libertaçom do jugo espanhol, capitalista e patriarcal. Manter a luita grevista torna fundamental para despertar a consciência da necessidade libertadora.

CONTRA A CRISE CAPITALISTA, LUITA FEMINISTA. AS JOVENS GALEGAS POLO FEMINISMO DE CLASSE

O estourido da crise global do Capital conlevou desde o seu início umha ofensiva brutal contra os interesses e direitos das mulheres, muito especialmente das jovens.

No plano laboral o desemprego estrutural, a temporalidade e a elevada eventualidade caminham unidos às discriminaçons intrínsecas a umha divisom sexual do trabalho cada vez mais acentuada. O empobrecimento que isto acarrea provoca sermos cada vez mais dependentes economicamente. Ao tempo, o fundamentalismo católico ganha espaço na rua criminalizando-nos por abortar e exercer o direito a decidir sobre os nossos próprios corpos. O terrorismo machista aumenta cada vez mais e segue a ter justificaçom por parte de muitos jovens. Além de ver todos os dias como utilizam o nosso corpo como umha mercadoria mais ao serviço da publicidade e como reclamo para impor uns arquétipos de beleza que só promovem milionários benefícios económicos para as empresas.

Em definitiva, vivimos assediadas pola supeditaçom disciplinada dos governos burgueses às consignas dos organismos encarregados da sua gestom internacional como o Banco Mundial ou o FMI e dos popes do fundamentalismo. Isto explica que absolutamente todas as medidas anticrise (o exemplo paradigmático no Estado espanhol é o PSOE), inclusive as chamadas “sociais”, ignorem e empiorem a difícil situaçom vital da qual partimos e estejam destinadas a minguar a capacidade transformadadora das mulheres da classe trabalhadora.

Nom há alternativa, teremos que acabar com as agressons patriarcais pola força mediante umha resposta feminista organizada. A decidida aposta das jovens revolucionárias galegas tem de ser o feminismo de classe!!