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Actualizada em
14/01/14
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29-M, que se vaiam!

29-M, que se vaiam!

O vindouro 29 de Maio o exército espanhol celebra o seu dia grande, "El dia de las fuerzas armadas", com umha parada militar que terá lugar na cidade da Corunha. Diante desta provocaçom a juventude da esquerda independentista nom pode ficar impassível e lá estaremos para demonstrar aos militares espanhóis que na Galiza ainda fica quem os considera um exército estrangeiro, umha autêntica força militar de ocupaçom imperialista que deve liscar quanto antes do nosso país.

Nós nom esquecemos que este exército é o mesmo que no ano 1936 apoiou o golpe de estado que derivou na ditadura fascista, da que foi fiel sustento. O mesmo exército para o que milhares de jovens galegos fôrom recrutados à força até há bem pouco tempo para dar o seu sangue por Espanha, sangue que foi deitado em nom poucas ocasions desde o século XIX em África, Cuba, Filipinas... E por suposto, também é o mesmo exército ao que a vigorante constituiçom do Reino de Espanha outorga o papel de garantir a unidade territorial do estado como fica reflectido no seu artigo VIII, aquele do que tanto gosta o ministro José Bono como tem manifestado nalgumha ocasiom de jeito público.

A mocidade da esquerda independentista compartilha um sentimento de rechaço face o militarismo espanhol com a maior parte da mocidade galega ao longo dos últimos dous séculos. Embora hoje o regime pretenda difundir a ideia da boa disposiçom do nosso país face o exército, o certo é que o Povo Trabalhador Galego tem dado muitíssimas mostras da sua oposiçom. A história da relaçom das camadas populares galegas com o exército espanhol está inçada de deserçons, motins populares contra o recrutamento,etc... e lembremos que já desde 1996 éramos maioria os moços que optávamos por qualquer das alternativas ao serviço militar obrigatório, fora na sua vertente legal ou ilegal.

Hoje a propaganda do exército quer ocultar-nos a realidade apresentando o nosso país como um viveiro de soldados. Mas ainda nas condiçons actuais, em que nom som pouc@s @s jovens que decidem alistar-se no exército profissional como alternativa à precariedade laboral e ao desemprego, o estado continua a ter dificuldades para cobrir as vagas que oferta. Por trás dos anúncios na TV, dos peinéis publicitários, das ofertas económicas, das mentiras da propaganda, nom é difícil albiscar que na Galiza continua a ser maioritária a hostilidade contra o exército espanhol.

Umha hostilidade que é lógica pois nom se trata apenas de que este seja um exército estrangeiro senom que, como todas as estruturas armadas dos estados burgueses, é um instrumento empregado em benfício das classes possuidoras para manter a sua dominaçom.

Bem for de um jeito instintivo ou consciente, a maior parte d@s galeg@s acreditamos que o exército só serve aos intereses dos amos do capital. Quer na sua vertente externa, como instrumento para empregar contra outros estados capitalistas ou para impor as condiçons de exploraçom do colonialismo, quer na sua vertente interna, para disuadir as classes oprimidas e exploradas de qualquer tentativa de mudança da ordem social. E nisso o exército espanhol é igual que todos os exércitos ao serviço de estados capitalistas no mundo inteiro.

Por isto mesmo a nossa oposiçom nom a defendemos desde as posturas exclusivamente patrióticas, nem desde as do pacifismo abstracto, senom que se alicerça numha análise da realidade libertada de idealismos. Nós estamos contra o exército espanhol e contra qualquer outra estrutura militar ao serviço do capitalismo no mundo porque som instituiçons criadas para exercerem a violência contra @s explorad@s.

Os exércitos som parasitas sociais. Por muito que fagam campanhas de imagem, que nos pretendam convencer de que o exército serve para algo, o certo é que hoje o Estado espanhol gasta 52 milhons de euros diários em manter a sua estrutura armada, ao tempo que diminue os orçamentos destinados ao benestar social. Se por exemplo esse dinheiro se destinasse a promover a segurança no transporte marítimo de mercadorias nom faria falha que nos mandassem aos soldados espanhóis a recolher o fuelóleo do Prestige.

Hoje o exército espanhol continua a ser, como nos tempos da ditadura de Franco e desde muito antes, umha instituiçom hierárquica e reaccionária que dentro e fora das fronteiras estatais defende os interesses de uns poucos privilegiados. Bem o sabemos os galegos e as galegas, mas também bem o sabem iraquian@s, bosni@s, afegaos/ás...

É por todo isto polo que nom queremos que o militarismo espanhol se passeie num alarde de chularia polas ruas de umha das nossas cidades. É por isto que queremos que se vaiam.

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