24J: A juventude ocupou as ruas e mostrou dignidade rebelde
Julho 2011
O 24 de Julho deste ano veu condicionado por umha proibiçom decretada polo concelho de Compostela que modificou substancialmente a Jornada de Rebeliom Juvenil. Como analisamos recentemente numha breve miragem histórica às suas seis ediçons precedentes, até agora já se tinham operado modificaçons no programa original da jornada. Este ano, adaptando-nos como pudemos às tradicionais condiçons de estado de sítio que vive a esquerda política nacional durante mais de 24h na capital do nosso País, e remontando os obstáculos colocados polo poder em maos de verdadeiros fascistas, a ausência do concerto no Parque de Belvis obrigou-nos a reordenar as forças.
Conde Roa e o PP podem, com a cumplicidade de voz ou calada de toda a intelligentsia bem-pensante de Compostela e do País, dar a ordem de suspender algumhas das nossas atividades. Mas nom poderá evitar que os esforços reprimidos num lado se saiam por um outro. Os recursos e espetáculos dum lugar deslocam-se a outros. Este ano, mais um, voltamos ocupar as ruas de Compostela, ainda que a obsessom por eliminar-nos delas avançasse mais um passo por parte dos inimigos da juventude galega.
Todas estas semanas de trabalho traduzírom-se numha importante presença nas ruas ao longo da geografia galega. E a vêspera do 25 congregou jovens patriotas e rebeldes que procurárom o seu espaço para intervir dumha ou doutra forma na afirmaçom nacional de Galiza numha data de especial significado para a juventude.
Tentativa de manifestaçom reprimida
BRIGA procurou desenvolver com firmeza o direito a manifestaçom por quarto ano consecutivo, mas pola primeira vez nom deu saído a mobilizaçom. Unidades de antidistúrbios aguardavam nas redondezas do local social Henriqueta Outeiro para reter sem incidente prévio todo o contingente que partia desse ponto de encontro à volta das 21,30 horas. Com estas retençons perseguiam identificar as e os jovens, e prejudicar o decurso da marcha.
Porém pouco antes das 22 horas um dos grupos tinha conseguido chegar a Porta Faxeira, ponto de saída da marcha. Lá interveu a polícia espanhola com a sua habitual destreça para maltratar a paus o corpo d@s demais. Funçom essencial, nom esqueçamos, do seu trabalho e motivo polo qual cobram a cargo do Estado com os nossos quartos. Após dipersar violentamente à juventude que se ia concentrando, começavam a chegar outras pessoas e grupos, que se encontrárom bem com a carga em açom, ou mesmo pouco depois com o grosso da juventude já dispersada pola zona velha.
Mais repressom à noite
Ao longo da noite dous militantes de BRIGA seriam detidos e mais um outro lesionado de consideraçom. Os dous primeiros estám acusados de danos por terem presuntamente participado nalgum altercado. O terceiro teria sido perseguido por suspeito em plena noite, sem que chegasse a ser detido por carecer de fundamentaçom para os próprios perseguidores a eventual detençom. Sim aproveitárom, porém, para zoupar-lhe várias vezes com o pau e deitá-lo no chao, onde lhe premêrom com a bota a caluga, ocasionando umha contratura cervical que foi detetada no clínico de Compostela a mesma noite.
De aqui enviamos um caloroso saúdo de apoio e carinho ao Simom, Brandám, e Xávi.
O quarto militante detido na noite do 24 ao 25 nas ruas de Compostela por motivos políticos é Raúl Palomanes Gonçalves, membro da Direçom Nacional de Nós-UP, de cuja detençom teredes mais informaçom no portal da organizaçom política da esquerda independentista.
A sua receita: a de sempre. Canha bruta pola forças de ocupaçom espanholas. A nossa: tomar as ruas, dentro das nossas possibilidades, para oferecer umha resposta de berro e lume contra a Espanha capitalista e machista que nos explora, aperta, afoga, e desperta um ódio digno e motor da juventude em marcha pola INDEPENDÊNCIA.
A RUA É NOSSA!
COM BRIGA, NA RUA, A LUITA CONTINUA!
