
Conde Roa prometera-o. Missom: erradicar o botelhom

Em campanha eleitoral prometeu "erradicar" o botelhom. Agora deve cumprir a sua palavra, ou ficar nu perante as suas soflamas populistas. Mas agora, após as férias de verao em que o alcoolismo e a drogadiçom som pam de cada dia nas ruas da capital galega, chega o curso e Conde Roa pode, sim, policializar as ruas colocando a juventude galega como alvo da repressom, sem o medo estival a prejudicar o turismo massivo.
Na última quinta-feira, tradicional dia de saída noturna numha cidade de importante populaçom universitária, quatro patrulhas da polícia local (a dirigida polo Concelho) intimidárom a atual zona de botelhom: entre a piscina universitária e a Alameda, dentro do Campus Sul.
Mais de 100 identificaçons comentárom os meios de comunicaçom ao dia seguinte. Desconhece-se por enquanto se o governo municipal pretende abrir expedientes a tantas pessoas, embora pareça arriscado.
Mais umha vez, volvemos à política populista de tornar um problema de saúde pública num problema de ordem pública. A polícia nom é o instrumento para cuidar da saúde da juventude. Obviamente, nom se trata disso: o PP sabe perfeitamente que eliminar o botelhom em Compostela é missom impossível. Pretende talvez encerrar em milhares de apartamentos toda a juventude que se concentra nas ruas, transladando o problema às vivendas? Ou pretende enviar umha mensagem à hostalaria da cidade para incentivar o consumo entre quatro paredes e nom na rua?
Porque o que sim é seguro, é que as causas da alcoolizaçom e do alcoolismo nom estám numha falta de mao dura. E precisamente por isto, com ela nom vai desaparecer o consumo de drogas. Poderám, isso sim, apertar mais a porca do controlo policial sobre a vida da juventude, afazendo esta à intimidaçom permanente e legitimando o autoritarismo das forças de repressom como bálsamo contra os problemas da sociedade contemporánea. Eis a política-espectáculo da ultradireita espanhola.