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Actualizada em
14/01/14
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Ante a morte dum inimigo da juventude trabalhadora galega

imagem Janeiro 2012

Achegamos um artigo de opiniom do companheiro viguês Adriám Vasques, quem expressa com contundência nestas linhas a mistura de raiva e satisfaçom polo passamento dum dos mais poderosos franquistas que tem padecido a nossa Pátria. Boa leitura!

Morreu o fascista Manuel Fraga Iribarne

A imprensa burguesa nom tardou em atuar para adiantar-se à verdade e pôr em funcionamento todos os mecanismos de manipulaçom, alienaçom e falseamento da realidade que exige umha notícia como o anúncio da morte de Manuel Fraga Iribarne, conhecido por todos e todas as galegas nom só polo seu papel durante o franquismo mas também por 16 anos de destruiçom da Galiza (nomeadamente é famoso pola sua gestom do Prestige), de ataque aos nossos direitos lingüísticos, e de repressom para a classe trabalhadora. Tal como sempre veu fazendo na sua longa trajetória política ao serviço da burguesia mais reacionária e do espanholismo mais rançoso. O próprio Feijó manifestou o "expresso apoio do povo galego", decidindo ele por todos e todas nós.

Como o seu chefe durante 40 anos de ditadura, Fraga nasceu na Galiza, mas já mui cedo renegou da condiçom de galego para servir o projeto nacional que nos oprime. Por isso, a verdade deve ser tratada com franqueza. Os meios de (des)informaçom nom tardárom em sinalá-lo como "figura chave da história da Galiza e da Espanha", " um dos pais da constituiçom espanhola" ou " diplomático de carreira, letrado das Cortes e catedrático de Direito", esta última definiçom é dada polo atual presidente do Estado, Mariano Rajói, que ousou escrever um artigo de opiniom exaltando os valores democristaos de Iribarne num arrebato de loucura, paixom infantil e desejo inocente que tanto o caracterizam, possivelmente necessário para dar mais crédito a umha obscura imagem como é a de Fraga. É necessário que o Povo Trabalhador aceite desde já estas palavras de louvança e reconheça o labor incomensurável que este homem fijo pola "Una, grande y libre".

Nada mais longe da realidade e da vida de Fraga. A juventude rebelde galega - que nascimos já dentro desta autonomia desleixada e ao serviço da burguesia espanhola, como presente feito desde Madrid com as suas condiçons- nom vamos cair na manipulaçom da história introduzindo-nos e assumindo acriticamente essa verdade oficial sobre este personagem. Fraga foi um autêntico assassino de trabalhadores e trabalhadoras, sob a sua palavra mandou fusilar várias pessoas, entre elas 5 trabalhadores em Gasteiz; como Ministro de Informaçom e Turismo começou a turistificaçom da Galiza, deixou a porta aberta para as grandes empresas multinacionais garantindo a economia de mercado hoje convertida numha crise sistémica que estamos a pagar as trabalhadoras e trabalhadores; soubo reagir e comportar-se como colchom amortecedor, evitando a rutura total com o regimem que demandavam a classe obreira e as camadas populares através dos pactos da Moncloa; foi um católico empedernido, totalmente contrário à utilizaçom de preservativos e, como fiel defendor do nacionalcatolicismo, foi um abandeirado do machismo como suporte do sistema patriarcal. Durante 16 anos impujo na Galiza umha resistência desde postulados espanholistas: nom favoreceu o desenvolvimento do galego como língua veicular no ensino, foi prepotente à hora de gestionar a destruiçom das nossas costas manchadas de chapapote e aplicou as medidas neoliberais de finais dos 80 e década de 90, com um papel destacado em prol do patronato durante a reconstruçom naval do ano 1984.

Portanto, para a juventude rebelde galega que vivemos as suas últimas políticas e ataques à nossa terra e à nossa classe, nom podemos deixar de alegrar-nos pola morte deste inimigo das liberdades e emancipaçons polas quais luitamos, as legítimas, as da maioria social. Porém, nom devemos cair no entusiasmo fácil; temos que ser conscientes de que Espanha e o Capital deixárom morrer em paz, sem ser julgado polos seus crimens, um dos seus lacaios mais considerados. O capitalismo criminaliza e julga injustamente a quem se rebela contra a sua miséria e desigualdade, mas nom contra quem garante este estado de cousas.

Pola nossa banda, a juventude rebelde galega continuaremos luitando pola Independência, o Socialismo e o fim do Patriarcado. Aínda ficam tiranos por varrer.

VIVA GALIZA CEIVE, SOCIALISTA E FEMINISTA!

A LUITA É O ÚNICO CAMINHO!