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Actualizada em
14/01/14
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As mulheres de BRIGA ante a renovada ofensiva patriarcal

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Especial Comissom Nacional da Mulher

Fevereiro 2012

Gallardón, novo ministro de Justiça, anunciou a reforma da lei do aborto aprovada em julho do 2010. Além de que as jovens de BRIGA nom estejamos de acordo com a lei aprovada polo PSOE, porque analisamos no seu momento que era insuficiente e parcial, cremos que as mudanças que o PP vai introduzir suponhem um retrocesso dos direitos das mulheres e das jovens do povo trabalhador.

Esta reforma procura proibir o aborto das jovens menores de 18 anos sem o consentimento da mae e/ou pai, reduzir o praço máximo legal -atualmente em 14 semanas-, e por último, introduzir condenas de prisom para as mulheres que abortem fora de praço ou por motivos que nom sejam os que recolhe a lei.

As jovens trabalhadoras nom podemos olhar este ataque machista sem enquadrá-lo na ofensiva patriarcal em curso. Ofensiva que estamos sofrendo desde que começou a crise capitalista. Mais umha vez evidencia-se que no capitalismo, as mulheres e as jovens trabalhadoras somos propriedade da burguesia e dos nossos companheiros de classe. Somos mercadoria, e como mercadoria os nossos úteros e a nossa sexualidade nom nos pertencem, mas som propriedade dos que nos oprimem, exploram e dominam.

Neste sentido, temos claro que o Partido Popular quer condenar-nos ao estado de exploradas, oprimidas e dominadas, tal como quer o Capital. Há que lembrar que o PP é mais um partido político que defende os interesses dos altos empresários, dos banqueiros, da classe dominante. E é por esta razom que aprova leis anti-abortistas, reformas laborais que precarizam as trabalhadoras mais do que os trabalhadores; falam de violência de género no canto de violência machista, etc.

Mas o PP também é um reacionário defensor dos interesses da Igreja Católica. Se nom o fosse nom aprovaria, nestes tempos de recortes sociais, presentes à Igreja que ascendem a 13.266.216,12 de euros mensais.

Que o PP proíba que as jovens trabalhadoras ponhamos em prática os nossos direitos, demonstra que obtivemos através das nossas luitas -é só através das nossas luitas- vitórias feministas.

Porque o que se está a passar com esta planificada ofensiva patriarcal é que quando as mulheres do povo trabalhador galego começamos a desobedecer e a decidir por nós próprias, como é o caso do direito ao aborto, ou dito de outro modo, o direito a eleger o que queremos fazer com os nossos corpos, os capitalistas nom duvidam em passar à ofensiva. Os dados sobre a quantidade de jovens trabalhadoras que empregam métodos anticonceptivos com regularidade (mais dos 75%) ou a baixa taxa de fecundidade específica do nosso país, som um claro sintoma de que as jovens trabalhadoras se rebelam a diário contra os que defendem o papel das mesmas como fábricas de nov@s obreir@s e estaçom de serviço do povo trabalhador.

Podemos encontrar multidom de exemplos sobre como o capitalismo e os seus partidos obstaculizam que as jovens trabalhadoras decidamos sobre os nossos corpos e a nossa sexualidade. A escassa, desestruturada e alienante informaçom sobre educaçom e liberdade sexual que recebe a juventude trabalhadora no ensino. A privatizaçom do serviço galego de infantários e a suba das taxas em 19,2% das mesmas. A Lei de família. O financiamento público das visitas do Papa. Que as mulheres do povo trabalhador galego tenhamos que aguardar umha meia de 4 meses (114 dias) para ter umha consulta de ginecologia no SERGAS ou esta última reforma da lei do aborto, som a materializaçom e as consequências da simbiose entre capitalismo e patriarcado, que “justifica” esta nova ofensiva machista de que estamos a falar, e contra a que temos que organizar-nos e luitar.

BRIGA luitará até que a reivindicaçom do aborto livre e gratuito seja umha realidade.

AVANTE A LUITA FEMINISTA!
ABORTO LIVRE E GRATUITO!

Ver também o especial: Comissom Nacional da Mulher