
Crónica da Escola de Formaçom 2012, em Teu

Abril 2012
Do concelho de Teu, @s jovens da esquerda independentista participantes na Escola de Formaçom que alcançou a sua nona ediçom deixam-nos umhas letras para achegar-nos ao fim-de-semana de convívio e formaçom mantido com o esforço e a camaradagem de tod@s.
A nova sobre a crónica subida hoje mesmo ao blogue na rede da Escola de Formaçom pode ser lida acedendo ademais ao material gráfico, motivo polo qual vos sugerimos clicar nesta ligaçom.
Apola décima!
ORGANIZA-TE E LUITA!
O texto que redigimos a seguir é umha crónica da nona Escola deFormaçom, a de 2012, convocada conjuntamente pola entidade estudantil AGIR e a juvenil BRIGA no concelho compostelano de Teu os dias 30, 31 de março e 1 de abril.
Ao longo destas três jornadas, numerosas lembranças fôrom gravadas a prova de fraternidade rebelde na memória dos e das participantes, únic@s responsáveis do seu êxito e da continuidade e melhora futura da sua convocatória.
A Escola de Formaçom é um espaço de convívio e formaçom inédito dentro da esquerda independentista galega que representa um dos fachos mais genuinos da autoorganizaçom juvenil que o nosso movimento político promove desde há anos na procura dumha geraçom nova e libertária que a Galiza, a classe obreira e as mulheres necessitamos.
SEXTA-FEIRA 30 MARÇO
A gente vai chegando progressivamente à paróquia teense de Calo. Jovens vind@s de diversas localidades do país asentamo-nos e começamos o primeiro dos três dias de encontro, inaugurando novas relaçons pessoais e estabelecendo contato sobre o diálogo e a conversa.
O companheiro Carlos Garcia fai umha saudaçom informal quando o grosso d@s participantes chegamos. Incide na importáncia que a camaradagem tem neste encontro, cousa que acreditaríamos dous dias depois quando, à hora de despedir-nos, temos bem presentes as imediatas e escasas 48 horas em que temos afiançado laços de carinho e confiança mútua. O entretenimento e o debate esperam-nos.
SÁBADO 31 MARÇO
Erguemo-nos mais um dia de sol incesante. Nuvens altas permitirám que o sol de manhá seja menos incisivo durante o percurso do roteiro realizado dentro da cidade de Compostela. Um jovem militante do popular centro social compostelano da Gentalha do Pichel, Marcos Pena, é a nossa guia desde as enchoupadas branhas anexas às instalaçons desportivas do Sar até as secas e urbanizadas margens do bairro de Pontepedrinha. Como sempre corresponde nestas ocasions, e nom só por mero cumprimento, queremos agradecer a gratuita aceitaçom do coletivo para oferecer-nos um passeio que da sua comissom de Meio Natural tenhem bem conhecido. Umha exemplificante demonstraçom dos danos ocasionados polo urbanismo irracional do capitalismo e a predadora cosmovisom edificadora que enriquece o capital das construtoras, condena a gestom dos partidos políticos administradores dos interesses capitalistas, e aniquila a biodiversidade ameaçando a harmonia vital do ser humano com o contorno natural, ocasionando graves transtornos para a populaçom menos defendida com anegamentos, cortes de subministro ou contaminaçom.
Após um jantar de recuperaçom, reativamo-nos para atender e discutir com os ponentes das duas intensas palestras preparadas para este ano. A primeira, do jovem militante estudantil José Miguel Ramos. A segunda, do veterano militante comunista Carlos Morais.
Introduzindo-nos em matéria desde o sêculo XIX, J. Miguel sintetizou no tempo que tinha a história cubana contemporánea, colocando com objetividade histórica um debate mais necessário do que nunca: futuro da principal revoluçom socialista do continente, as suas eivas e a sua identidade. Umha questom que nom deixa indiferente a nossa filiaçom e simpatizantes, internacionalistas conseqüentes que soerguemos a mirada polo planeta inteiro para contemplar a realidade doutros povos em luita.
E posteriormente, umha outra focagem atravesando os sêculos mais recentes para propormo-nos umha interessante e inacabável reflexiom sobre as origens, a contextualizaçom e as alternativas do multicor socialismo americano. Carlos Morais compartiu durante várias horas com nós interrogantes, incógnitas e curiosidades, anedotas e acontecimentos passados ou em curso. Houvo que mirar a hora para dar-nos conta de que a tardinha de troca de ideias tinha que chegar ao seu fim. A involucraçom do pessoal na discussom e a troca de ideias fôrom magníficas.
Mas o sábado nom rematava aí. Entre a ceia num local próximo e a volta a cama, houvo várias horas de divertidíssimos momentos para falar, e falar, e falar...
DOMINGO 1 DE ABRIL
Para o derradeiro dia escolhemos projetarmos um documentário de plena atualidade que entroncava à perfeiçom na orientaçom formativa de olharmos ao continente americano para analisar o seu presente. “A doutrina do shock”, em versom original legendada em português, foi visionada pola primeira vez para a maioria. Isto deu pé à reiteraçom num longo e participativo debate que entre todos e todas mantivemos espontaneamente encadeando as nossas ideias, as faladas o dia anterior e as sugeridas polo documentário para volver sobre o tema central desta escola: a América insurgente.
Comemos. Falamos. Limpamos.
Trabalhamos e levamos adiante umha clausura em condiçons desta ediçom da Escola de Formaçom. Entre todas e todos, a finalizaçom estava à vista. Nom sem antes juntarmo-nos de novo para realizar a tradicional assembleia valorizativa que se encerraria com umha breve despedida a cargo de AGIR.
Despedimo-nos. Marchamos. Pensamos. Lembramos o vivido nestas horas em que a lembrança ainda permanece acesa, dando luz aos 12 meses que temos enfrente para percorrer mais fortes e unid@s o caminho de luita que nos espera até 2013.
Até entom, que o semeado entre nós floresça!