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Actualizada em
14/01/14
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Manifesto da VIII Jornada de Rebeliom Juvenil

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Campanha Rebelar-se no presente. Revelar o futuro.

Julho 2012

Espanha e a atual crise do capital está a conduzir a juventude galega a um beco sem saída. A realidade que temos ante nós vai muito acelerada, muda constantemente e a um ritmo desorbitado, o qual nom deixa recesso algum para repor-se das contínuas pancadas que nos batem sem compaixom em todos os ámbitos da nossa vida.

Os embates sobre a juventude estám na ordem do dia da burguesia e acrescentam-se com o objetivo de ir introduzindo a juventude trabalhadora desde muito nova na disciplina de rígida obediência e subordinaçom ao autoritarismo de diverso signo que impom o sistema. A grande restriçom de direitos sócio-laborais implementada por PSOE e PP com as suas reformas, que minam os já de por si exíguos direitos da juventude trabalhadora; os cortes de serviços sociais em saúde e ensino; os abusos policiais contra o estudantado nas suas recentes mobilizaçons; ou o bombardeio mediático do projeto nacional espanhol com motivo dumha nova ediçom da Euro Taça de futebol som os perfeitos paradigmas dumha realidade opressiva e exploradora que tem a juventude como o seu principal alvo.

Querem deixar-nos sem direito algum e sem perspetivas de futuro.

As falências de grandes bancos e outras entidades financeiras devido à insaciável fame de ganho dos capitalistas obrigou a maioria social a assumir estes excessos sob o poder da coerçom que lhe dá o seu Estado -a sua indiscutível arma de classe- e os seus governos títeres, que como dizia Marx, nom som mais do que "um comité para gerir os negócios comuns da burguesia". Nos últimos meses o povo trabalhador, e em especial a sua juventude, fomos vendo como se dificulta cada vez mais o acesso a direitos fundamentais como som um ensino de qualidade e umha sanidade digna e de caráter universal.

Os milhares de milhons do dinheiro público já nom irám sufragar serviços essenciais para a sociedade senom que irám destinados a fazer frente os grandes calotes que realizárom alguns especuladores. Os grandes cortes no ensino público anunciados polo governo espanhol e autonómico produzem umha restriçom no acesso a este direito fundamental, o qual já nom é considerado como tal desde o mesmo momento em que é considerado umha mercadoria e, portanto, a sua planificaçom rege-se polas leis do mercado. A suba das taxas para as matrículas de maneira desproporcionada e a crescente privatizaçom das universidades públicas dam lugar a um ensino cada vez mais elitizado e feito à medida das necessidades empresariais e nom da maioria social.

Esta progressiva elitizaçom do ensino, acrescentada com os cortes sociais na atual etapa de rigor económico implementada polos governos neoliberais de turno, conduz a juventude cara a umha anomia social, da que nom é questom doada sair. Porém, nom há lugar para a resignaçom e devemos rebelarmo-nos. Nom há outro caminho.

Devemos expressar o nosso legítimo direito a rebelarmo-nos aqui e agora.

Depois da exitosa greve geral de finais de março que levou milhares a ocupar as ruas da Galiza, manter a capacidade de resposta volve-se mais necessário do que nunca.

A lenta mas contínua e progressiva reativaçom do movimento estudantil e juvenil contra os cortes nos serviços públicos com a organizaçom de grandes mobilizaçons, assim como a realizaçom de atos de desobediência, como som os feches nas bibliotecas de Ourense ou aulas de Compostela, demonstram que há umha juventude rebelde que nom vai ficar calada e submissa ante tal injusta situaçom. Estas mobilizaçons juvenis e estudantis formam parte imprescindível dessa necessária resposta popular à barbárie à qual nos conduz o capital com o seu desastre.

A utilizaçom das ruas como principal meio de expressom política volve-se fundamental para manifestar o grande conflito social existente na Galiza de 2012. A ocupaçom das ruas é um dos principais métodos de luita que tem na atualidade a juventude e o conjunto do movimento popular porque ademais de desafiar o pensamento dominante e os seus corpos repressivos também mostramos de maneira coletiva a vontade de mudanças reais em todos os aspetos da decadente sociedade capitalista atual cara a umha nova construída em valores radicalmente diferentes, a que BRIGA considera como imprescindível, a socialista.

A juventude rebelde galega devemos berrar bem alto e forte que a rua é nossa!!, mas também devemos praticá-lo ainda que o tentem impedir. A iniciativa promovida e apoiada polo neofascista Partido Popular em Compostela dumha ordenança municipal que procura punir precisamente o direito a liberdade de expressom no seu legítimo espaço -que nom é outro senom a rua-, constitui um paradigma da via repressiva pola que está a optar o sistema para conter aqueles setores populares que escapam aos seus fios de dominaçom. O ano passado reprimírom a nossa manifestaçom e cancelárom o nosso concerto, mas hoje continuamos aqui com dignidade, com a dignidade da juventude rebelde dum povo que se resiste a desaparecer na atual vorágine capitalista.

Como jovens que miramos o presente com raiva e indignaçom, mas também como jovens que olhamos o futuro com esperança, a juventude rebelde temos para os próximos meses numerosos reptos para oferecer umha resposta popular que permita ir descobrindo a luz deste beco sem saída em que nos meteu a crise do capital, Espanha, e o patriarcado na sua etapa terrorista contra as mulheres. E sem dúvida, esses reptos desenvolverám-se no fragor da luita nas ruas do nosso país com a participaçom da juventude rebelde. Companheiras e companheiros a luita continua hoje!

Viva o Dia da Pátria!
Viva Galiza ceive, socialista e feminista!
Antes mort@s que escrav@s!