BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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BRIGA participou na homenagem ao comunista Moncho Reboiras em Ferrol

imagem Agosto 2012

Mais um ano, NÓS-UP convocou um ato na localidade de Ferrol, ao pé do lugar do seu assassinato, para honrar o combatente comunista galego Moncho Reboiras Noia. Morto há 35 anos polas balas da polícia espanhola, Reboiras continua a ser um exemplo a seguir para @s militantes da esquerda independentista galega, que apreciamos representado na sua entrega vital o sacrifício de milhares de homens e mulheres que sofrem dia a dia a violência do capitalismo.

Reboiras foi um senlheiro exemplo de trabalhador consciente da sua condiçom de classe e da opressom nacional da sua Pátria. Tivo umha lucidez juvenil que o levou, com apenas 25 anos, a liderar a frente armada da UPG que na altura se propunha assumir a conflitividade da transiçom política espanhola oferecendo umha alternativa revolucionária para o povo trabalhador galego.

Reboiras deixou em muitos e muitas a semente da vitória, de que resistir é vencer, e da firme garantia para o nosso futuro de que das injustiças de classe nascem sempre novos militantes que serám tempestade para os poderosos.

BRIGA participou de maneira ativa no ato onde interviu o nosso companheiro Carlos Garcia Seoane, membro da nossa Mesa Nacional.

A seguir reproduzimos a intervençom que realizou o nosso companheiro:

Companheiras e companheiros,

Assistimos mais um ano a este ato de homenagem do insigne revolucionário galego Moncho Reboiras que desde o ano 2001 convoca a Assembleia Comarcal de NÓS-Unidade Popular em Trasancos.

Desde há uns anos a juventude rebelde da esquerda independentista organizada em BRIGA também participa de maneira ativa no desenvolvimento deste ato porque temos muito a ver com aquele jovem de 25 anos que morreu abatido neste portal nº 27 da rua da Terra polos disparos covardes da polícia espanhola.

Para nós Moncho Reboiras é exemplo de entrega militante, compromisso com o nosso povo e a nossa classe, firmeza nos princípios, coragem e decisom. Por isso é umha obriga para a juventude rebelde de hoje tomar a palavra neste ato e recuperar o nosso passado de luita verdadeira contra o nosso inimigo.

Porém, de BRIGA nom pretendemos converter este ato em mais umha cita ritual com a qual cumprir o nosso calendário político. Ademais de mantermos viva a figura incorrutível do nosso camarada, devemos afazer-nos a aproveitar estas homenagens para aplicar o legado, as valiosas aprendizagens, que nos deixou José Ramom Reboiras, à realidade atual da luita de classes que se está a desenvolver aqui e agora, na Galiza de 2012.

E neste sentido, que é o que nos deixou Moncho Reboiras para contribuir a aperfeiçoar a nossa guia de intervençom na conjuntura atual? Duas cousas fundamentais: a primeira, a necessidade da rebeldia, e a segunda, a vigência dos métodos de luita empregados polo jovem Moncho.

A necessidade de declarar-se em rebeldia porque é um direito legítimo quando as condiçons de exploraçom e opressom atingem límites insuportáveis, como está a acontecer a dia de hoje com as contínuas pancadas que nos impingem os lacaios do capital. A necessidade do inconformismo com os resultados da nossa praxe quando o inimigo nom para de bater sobre nós. A necessidade da prática da desobediência ativa ante a classe dominante. Em definitivo, a necessidade de conseguir a nossa própria dignidade coletiva mostrando firme oposiçom à brutal ofensiva contra os nossos já exíguos direitos, e isto demonstra-se na rua exercitando o direito à rebeliom. E a dia de hoje, a melhor maneira de expressarmos essa rebeldia que nos legou o Moncho é demandando a convocatória dumha greve geral contra os infames cortes do Partido Popular. Nom podemos adiar mais a resposta. Adiante a greve geral!

Mais umha liçom do camarada: a vigência de todos os métodos de luita empregados por ele no seu momento histórico concreto, que nom deixam de ser resultado também de toda a experiência de luita do povo trabalhador galego ao longo da sua história. Desde os métodos de luita estritamente políticos até os considerados ilegais polas próprias leis dos ricos que controlam este injusto sistema.

Métodos de luita que procuram organizar povo trabalhador contra o poder estabelecido em todas as suas frentes de intervençom, em que o Moncho foi o perfeito paradigma da autoorganizaçom popular de parámetros nacionais na década de 1970: no associacionismo cultural, no estudantil, na criaçom de forças próprias no mundo do sindicalismo ou na frente política.

Porém, também há outros métodos de luita que se erigem na forma mais elevada de expressom da luita política. A concepçom que tinha o camarada do projecto de Revoluçom Galega era integral e, sobretodo, verdadeira, polo que contribuiu a impulsar até os últimos fôlegos da sua curta vida umha Frente Armada com a qual poder armar Galiza, e assim poder defender a nossa pátria e o nosso povo trabalhador das brutais agressons com que nos castigam Espanha e o capitalismo. Agressons que ainda hoje estamos a sofrer 37 anos depois da morte do jovem Reboiras e com um degrau de virulência induvitavelmente acrescentado.

Companheiros e companheiras, diante deste portal nº27 da rua da Terra devemos berrar alto e forte:

Moncho Reboiras, juramos vencer e venceremos!!

Antes mortos/as que escravos/as!!