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Actualizada em
14/01/14
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Recuperar a memória para fazer história (V): Amada Garcia

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Especial Comissom Nacional da Mulher

Fevereiro 2013

O passado dia 27 faziam-se 75 anos da execuçom de Amada García, ativista e feminista galega julgada em Ferrol por rebeliom militar, sendo sentenciada com a pena de morte apesar de nom ter cometido qualquer delito de sangue nem atividades destrutivas.

Amada nasce em Murgados em 1911 no seio de uma família trabalhadora e marinheira. Casa no ano 29 com um trabalhador do arsenal de Ferrol, Gabriel Toimil Dopico, com o qual tivo duas crianças, umha menina que morre mui nova, e um rapaz, Gabriel, nado quando a jovem já estava a cumprir condena.

Com a sua entrada como militante no PCE e no sindicato feminino, Amada passa a ter uma vida politicamente mui ativa, participando em mítins nos quais demonstrava as suas grandes capacidades para a oratória. Grande defensora dos direitos fundamentais da mulher, causou, à sua vez, antipatia por parte do setor mais conservador da vila.

Com o estalido do golpe de estado, Amada colabora, dentro das suas possibilidades, na resistência da vila ante a sublevaçom militar junto com outr@s vizinh@s e as autoridades locais. Esta fracassa e Amada é detida em agosto de 1937 junto com um número elevado de vizinhos e vizinhas, sendo sentenciada com a pena de morte por um conselho de guerra que, dada o sua avançada gravidez, adiou a execuçom até que a jovem parisse. Foi levada ao cárcere de mulheres de Ferrol, onde estivo até ter a Gabriel. A criança nasce o dia 31 de outubro de 1937 no “Hospital de Caridad de Ferrol”, e está com a sua mae durante 88 dias, até o mesmo dia em que a executam, que é entregado ao seu avó e, mais tarde, à família de Antonio Valerio Cabral e Mercedes García Rodríguez.

Assim pois, o dia 27 de janeiro de 1938, quando já lhe arrebataram o menino, é conduzida até a prisom do Castelo de Santo Felipe, onde é executada pola noite junto com outras sete pessoas da comarca como Ramón Rodrigues Lopes ou Jaime Gonçalves Peres.

Durante muito tempo circulou a história de que Amada fora presa por coser umha bandeira com a fouce e o martelo. Porém, a jovem, o dia antes da sua morte, escreve umha carta contando todas as irregularidades que protagonizárom o seu processo judicial, como a coaçom utilizada para que pessoas analfabetas assinassem declaraçons falsas ou como os conservadores da vila ameaçaram e multaram as testemunhas da defesa para assim poder condenar Amada.

Hoje em dia, a familia de Amada junto com diversas associaçons presentes na comarca, rendem-lhe homenagem todos os anos ante o muro do castelo de Santo Felipe, onde foi fusilada, recordando a sua valerosa figura de mulher luitadora e revolucionária que o único delito que cometeu foi defender os seus direitos e ideais ante o levantamento do fascismo.


BIBLIOGRAFIA

Anónimo (s.d): “Amada Garcia, na memoria” in A historia é noticia http://novashistoria.blogspot.com.es/2010/01/amada-garcia-na-memoria.html

Marco, Aurora (s.d.): “Represaliadas” in Album de mulheres. Consello de cultura galega. http://www.culturagalega.org/album/mulleres_e_a_memoria_historica.php#5

Suárez Martínez, X.M. (2002): Guerra civil en Ferrol e Comarca. Vigo: Galaxia.


Ver também o especial: Comissom Nacional da Mulher