BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

Loja Virtual
Arquivo Gr�fico
correio-e:
Compartilhar
Actualizada em
14/01/14
novas

BRIGA chama à participaçom no Bloco Laranja no Dia das Letras

imagem Maio 2013

O Dia das Letras já é amanhá. E em Compostela, apesar do péssimo clima destes dias, de seguro que seremos milhares as pessoas que estaremos colocando nas ruas a denúncia contra a progressiva extinçom da nossa língua, cujo uso entre a juventude do país se encontra em percentagens residuais nas grandes áreas metropolitanas, e decrescendo sistematicamente no conjunto do país.

Este fenómeno nom é alheio a umha realidade dependente a nível nacional. A vertebraçom do poder do estado à volta dumha Espanha em que Galiza nom é mais do que um apêndice autonómico como outros 16, e dumha Europa construida desde arriba e para os de arriba, situa o poder popular e a sua expressom mais genuina, a sua língua, em condiçons de grave desproteçom.

Amanhá estaremos no Bloco Laranja com que o reintegracionismo de base estará na marcha da Plataforma Queremos Galego. Porque nós queremos um galego internacional, um galego-português nom espanholizado, inserido plenamente na lusofonia com voz e voto nela. Amanhá somos laranjas. Vem-te com nós!

Comunicado do Bloco Laranja polo Dia das Letras 2013:

Crescer na nossa língua para estar no mundo

O galego enfrenta dificuldades que tornam óbvio que a sua generalizaçom como língua comum dos galegos e galegas nom vai chegar pola mao de simples campanhas de promoçom sobre o terreno planificadas a poucos anos vista. Estas fam parte da política do pessimismo, da mentalidade derrotista que nos tenhem oferecido todos estes anos. Podíamos ter desfalecido, mas, longe disso, há tempo que estamos em condiçons de afirmar que somos capazes de propor e construir sem necessidade de autorizaçom por parte de nengum poder cultural estabelecido. Demonstramo-lo cada dia, com centros sociais, meios de comunicaçom, escolas, iniciativas legislativas populares e, sobretodo, com umha motivaçom que há de dar mais frutos, porque aninha num movimento que se sente ganhador.

Sabemos que falar e escrever em galego continua a nom ser nada fácil. Notamo-lo cada vez que pedimos trabalho, que falamos com a Telefónica ou que entramos num restaurante e queremos pedir o que desejamos jantar corretamente em galego. Sabemos que o número global de falantes continua a descer e, mais importante do que isso, que o galego continua a perder presença entre a gente nova, multiplicando-se o problema de forma mui preocupante nas cidades. Sabemos que o monolingüismo em espanhol se fortaleceu e até que continuará a fortalecer-se e que o monolingüismo em galego recuou a ámbitos políticos mui conscientes que nem sequer podemos identificar já com o conjunto da base social nacionalista.

Todo isso sabemos, mas o que sobretodo sabemos é que nom podemos esperar soluçons de quem agora detém algum tipo de responsabilidade política ou cultural na Comunidade Autónoma. Os nossos representantes políticos em geral e o galeguismo institucional em particular nom tenhem desenvolvido um programa minimamente ambicioso para conectar com umha sociedade moderna e nom parece que tenham ideias para começar a fazê-lo. Sem ir mais longe, o novo presidente da Real Academia Galega, Xesús Alonso Montero, nom se cansou de repetir nas duas primeiras semanas à cabeça da instituiçom como agora o galego se precipita a menos velocidade. Nom lhe vamos negar que o problema do galego terá algo que ver com a existência de ricos e de pobres, mas que seja aquela a única mudança que nota desde os anos 70 mostra bem a que nível de distraçom a que chegárom as nossas autoridades.

Quer por desinteresse quer por falta de projeto destes agentes, há tempo que o reintegracionismo se tornou no verdadeiro gerador de ideias para o movimento normalizador e, em muitos ámbitos urbanos, também em motor da galeguizaçom de muitos jovens. No ano passado, estivemos de parabéns porque abria em Compostela a primeira Escola de Ensino Galego. Este ano, voltamos a estar de parabéns ao conseguir que prosperasse no Parlamento umha iniciativa legislativa popular para ter em conta a nossa pertença à Lusofonia no ámbito do ensino, da diplomacia e das comunicaçons audiovisuais. Com estas duas iniciativas, a do ano passado e a deste, obtemos um bom resumo da vontade que nos inspira: crescer na nossa língua para estar no mundo.

Falta muito que festejar, é verdade, mas isso é o que mais nos entusiasma. Muitas escolas por fazer, muitos centros sociais por abrir e muitas iniciativas para pôr a andar. Por algumha delas voltaremos a estar de parabéns no próximo 17 de maio. Até ali, esperamos-te em qualquer um dos coletivos que conformam Bloco Laranja, o teu lugar para trabalhar pola língua cada dia.