BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Manifesto da IX Jornada de Rebeliom Juvenil

imagem Julho 2013

MANIFESTO DA IX JORNADA DE REBELIOM JUVENIL

A INDEPENDÊNCIA, O NOSSO CAMINHO. A REBELIOM, O NOSSO DIREITO

Mais um ano, a juventude do povo trabalhador galego enfrentamos o Dia da Pátria com a necessidade de fazer deste umha jornada de reivindicaçom em que todas e todos os jovens rebeldes da Galiza ocupemos as nossas ruas para afirmar unanimemente que queremos a Independência para o nosso país.

Num contexto profundamente marcado pola duríssima ofensiva neoliberal que o governo espanhol e os seus emissários na Junta continuam a implementar ao compasso da ameaçante batuta da UE, FMI e BCE, constata-se como a juventude trabalhadora galega padecemos de jeito especialmente agudo as consequências dum sistema em declínio que precisa de perpetuar-se estendendo a precarizaçom da maioria social.

Menos juventude e menos emprego é o grave diagnóstico dumha naçom que nos últimos anos tem experimentado umha drástica aceleraçom do desmantelamento do seu tecido produtivo e umha alarmante precarizaçom das relaçons laborais, tendo como consequência a emigraçom massiva de milhares de jovens.

Denunciamos por tanto esta situaçom como um dos principais problemas que padece a juventude trabalhadora galega e, por extensom, o nosso país, que experimenta a perda progressiva de populaçom jovem, colocando a Galiza numha preocupante crise demográfica.

Milhares de moças e moços galegos fogem do desemprego e a precariedade laboral, da miséria que supom a negaçom de necessidades e direitos básicos como a sanidade e a educaçom pública ou a vivenda. Fogem desesperadamente das consequências da imposiçom dum sistema económico criminal num país incapacitado para decidir, sem ferramentas de defesa, dada a nossa situaçom de submetimento a Espanha.

Espanha, esse regime apodrecido e corrupto, em contínuo e acelerado processo de descomposiçom, continua agindo como imprescindível estrutura de dominaçom ao serviço do Capital. É por isso que a burguesia está a implementar umha planificada ofensiva espanholista que, tendo como alvo principal a juventude, pretende impedir a progressiva implantaçom do independentismo nas naçons oprimidas do Estado.

Este plano uniformizador materializa-se de jeito claro e contundente na LOMCE, lei educativa que, para além de supor a elitizaçom definitiva e portanto a privatizaçom do ensino público, constitui umha estratégia de adoutrinamento espanholista que afunda no processo de assimilaçom linguística e cultural da juventude galega.

Esta ofensiva é completada com a brutal repressom e criminalizaçom do independentismo galego e das luitas populares, onde de novo os e as jovens conscientes e combativas somos vítimas da saída autoritária que Espanha está a ter para quem nom dançamos ao compasso do fascismo e a obediência cega.

Hoje constatamos como a burguesia se prepara para tempos convulsos procurando novas fórmulas mas também aferrando-se e reforçando laços com velhos aliados.

Assim, assistimos a um preocupante rearmamento do patriarcado, ao avanço da normalizaçom da violência machista e do integrismo católico, à anulaçom dos nossos direitos reprodutivos e sexuais, à moldagem dos nossos corpos e à imposiçom dum rol do qual nunca quigérom que nos afastássemos.

Diante deste alarmante quadro que padecemos como mulheres, como povo e como classe, a juventude revolucionária galega organizada em BRIGA reafirmamos a independência nacional como umha necessidade e nom umha opçom e valoramos a urgência de que o amplo conjunto de jovens galegas/os rebeldes e conscientes tomemos as ruas para rachar com esta opressiva realidade.

Nas ruas é onde nos corresponde dar a nossa batalha emancipatória, desafiando as medidas anti-populares do atual governo neoliberal, alargando o nível de confronto com Espanha, o Patriarcado e o Capital e configurando umha verdadeira rebeliom juvenil que faga tremer os cimentos desta decadente sociedade.

É um direito rebelar-nos contra Espanha como caminho imprescindível para romper com todas as estruturas de dominaçom e construirmos a nossa alternativa que nom será outra que umha Galiza Independente, Socialista e Feminista.

Exerçamos o nosso legítimo direito à rebeliom e digamos a Espanha que nom lhes pedimos a Independência, mas que já estamos em caminho de conquistá-la!

VIVA A GALIZA CEIVE, SOCIALISTA E FEMINISTA!

AVANTE A REBELIOM JUVENIL!