BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Intervençom de BRIGA no Dia da Galiza Combatente

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Outubro 2013

Reproduzimos o conteúdo da intervençom de Eva Cortinhas, em nome da Mesa Nacional de BRIGA, no XIII ediçom do Dia da Galiza Combatente que decorreu na Praça da Constituiçom de Redondela, aonde vári@s jovens militantes e simpatizantes da nossa organizaçom nos achegamos para apoiar o ato de NÓS-Unidade Popular.

Agradecemos à organizaçom política o seu convite. Malia o genuíno dia outonal que fijo, com chuvas quase treboentas, à volta dum cento de pessoas participárom no comício político, na oferta floral na praia de Cesantes frente à ilha de Santo Simom, e no jantar de confraternizaçom no mesmo concelho.


Companheiras e companheiros, amigas e amigos,

mais um ano, as jovens militantes revolucionárias organizadas em BRIGA mostramos a nossa gratitude a Nós-Unidade Popular por permitir-nos ediçom trás ediçom, fazer parte ativa nos atos que comemoram o Dia da Galiza Combatente e como nom, também por ter sido a peça determinante na instauraçom e consolidaçom desta data referencial para a esquerda independentista mais consequente.

É umha satisfaçom para nós estarmos este ano na vila de Redondela, homenageando a umha mulher, guerrilheira comunista que nas montanhas que nos rodeiam, contribuiu ativamente a organizar a resposta armada que plantasse cara ao avanço do terror fascista, convertendo-se assim num exemplo de coerência e rebeldia para a juventude que luitamos contra esse mesmo inimigo quase 80 anos depois.

Nem Maria Araújo nem o Dia da Galiza Combatente aparecem nos nossos livros de história da escola, como tampouco aparecem centenas de mulheres e homens galegos que defendêrom e defendem heroicamente os interesses do nosso povo e da nossa classe mesmo chegando a dar a vida. Porém, o certo é que constituem a nossa verdadeira história, a história dum povo que nunca deixou de resistir, que foi condenado a um holocausto de roxos e comunistas, também de bruxas e insubmissas mas que nunca foi domesticado, pois de tanta miséria e opressom sempre lográrom abrolhar novas geraçons de combatentes que ainda hoje mantemos em pé um sério projeto de liberaçom para a Galiza, as mulheres e classe trabalhadora.

É por isso fundamental que as jovens revolucionárias de hoje conheçamos bem o nosso passado rebelde, identificando referentes válidos que nos orientem na longa e difícil tarefa que temos por diante, que nos dem aços e motivaçom em momentos de cansaço, quenos sirvam de exemplo de valentia quando bate com nós o mais duro da repressom, que nos aportem em definitiva, o entusiasmo por poder-nos considerar dignas continuadoras da sua luita.

Umha juventude desperta e conhecedora da sua própria história, inmune aos mitos que apelam a umha suposta mansidom do povo galego e à manipulaçom e ocultaçom das importantes luitas que protagonizamos, é umha juventude armada de argumentos para continuar a trabalhar na construçom da Galiza combatente.

Umha Galiza que precisa de jovens conscientes e rebeldes, mas também coerentes e consequentes na açom teórico-prática. Vivemos num contexto de profunda ofensiva neoliberal, espanholista e patriarcal, sim, mas o inimigo que enfrentamos é o mesmo que combatia a Maria Araújo há 80 anos, e por mui polimórfico que este fosse, o certo é que durante todo este tempo continuou exercendo a opressom sobre o nosso povo, a nossa classe e o nosso género.

Nom é polo tanto, o momento de reclamar umha volta ao suposto benestar do passado recente. Nom é o momento de discursos incendiários que nom trascendem da mera retórica combativa. Tampouco de lamentaçons e discursos vitimistas ante as altas cifras de desemprego, a exploraçom e a emigraçom juvenil. Nom é o momento de indignar-se porque as aspiraçons pequeno-burguesas de alguns se vírom frustradas nem tampouco de ter medo diante da crescente repressom.

Hoje mais que nunca é o momento da juventude rebelde e combativa, da que dá a cara e se implica, da que leva um pau e depois colhe dous, da que pouco mais tem a perder que o cartom do desemprego, da que está desejosa de fazer tremer até os cimentos desta falsa e apodrecida normalidade democrática.

As jovens organizadas em BRIGA declaramos novamente a nossa firme conviçom de trabalhar para sermos dignas continuadoras de combatentes como “Araújo” e garantir o avanço desta luita sem trégua contra Espanha, o Patriarcado e o Capital.

Viva a Galiza Combatente!