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Actualizada em
14/01/14
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Junta da Galiza soma e segue: 60.000€ de dinheiro público para coletivos anti-abortistas

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Novembro 2013

A Junta da Galiza possui a fórmula perfeita para evitar, na medida do possível, ver-se inmiscuida em casos de clientelismo e corrupçom: criar as leis que amparem essas práticas. Assim é que desde 2009 somos testemunhas de como a legislaçom vigente se vai adaptando para que cada vez mais orçamentos públicos sejam destinados a organizaçons ultraconservadoras, o setor social em cuja satisfaçom mais recursos investe o Partido Popular.

Começou-se com a aprovaçom da Iniciativa Legislativa Popular impulsionada por RedMadre, para seguir dous anos mais tarde com a Lei de Família. Agora, ano atrás de ano, constata-se quanto custa ‒oficialmente‒ contentar as façons mais ráncias da nossa sociedade, quanto dinheiro se investe em subvencionar com fundos públicos campanhas propagandísticas antiabortistas e heterossexistas, concretamente, saiu-nos em 2012 por uns 175.000€, e na última partida orçamentária da Secretaria Geral de Igualdade (!!) RedMadre recebia 60.000€, umha quantidade exorbitante à qual ainda há que somar o dinheiro que recebem outras associaçons beneficiárias destas ajudas que se encontram nos mesmos parámetros ideológicos, como as Hijas del Divino-Cielo Rogacionistas e outros grupúsculos integristas católicos.

Os índices de pessoas em risco de exclussom social demonstram que estamos ante a feminizaçom da pobreza e é exasperante ver que é sob essa realidade sobre a que se cimentam as ajudas económicas recebidas por RedMadre.

O engano e a manipulaçom continuam a ser a base principal sob a que se sustentam a maioria de medidas que a classe dominante destina a aumentar o grau de submetimento de mais da metade da populaçom, e neste caso olhamos raivosas como milhares de euros de dinheiro público som entregados a organizaçons que afirmando ofertar ajuda e apoio às mulheres grávidas, em realidade divulgam, reproduzem e promovem umha ideologia e umhas práticas que em nada pretendem ajudar às mulheres, pois apenas procuram afundar-nos mais na histórica opressom que padecemos.

As jovens organizadas em BRIGA julgamos a entrega de 60.000€ de dinheiro público a Red Madre como mais um episódio de violência contra as mulheres num contexto que se vê agravado pola iminente aprovaçom da Lei contra o aborto do fascista e reacionário, Alberto Ruíz Gallardón. Nem labores de caridade nem serviços à comunidade, Red Madre representa a violência do fundamentalismo católico, do machismo e a homofobia e financiar esta entidade significa financiar, manter e promover o terrorismo machista na Galiza.