BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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25N: Paremos o assédio nas ruas!

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Novembro 2013

A violência patriarcal tem a finalidade de funcionar como “corretivo” a aquelas mulheres que atuam fora da norma, sendo o “merecido castigo” por termos decidido abandonar o papel que socialmente nos é atribuído como género. Isto é perceptível ante a justificaçom que recebem habitualmente as agressons sofridas por mulheres: que se andamos sós à noite e a que horas, as roupas que levamos, os locais que freqüentamos... todas estas acusaçons seguem a lógica de quem culpabiliza a vítima e legitima a agressom. A mensagem por trás é clara: nom saias e fica na casa, nom ocupes determinados espaços que nom che correspondem, comporta-te, nom bebas álcool pois "é vergonhento ver umha mulher bêbeda", nom dances desse jeito... nom tenhas vida própria.

As jovens organizadas em BRIGA começamos, pois, umha campanha com a que queremos assinalar algumhas das caras que utiliza a violência patriarcal para controlarmo-nos: o assédio sexual.

Concretamente, damos início a esta campanha no Dia Internacional contra o Terrorismo Machista denunciando a dimensom do assédio nas ruas e a sua significaçom. De olhadas lascivas, assobios, comentários qualificativos, até comportamentos mais ameaçantes e insultantes como gestos sexuais, vexaçons verbais (geralmente de conteúdo sexual), exibicionismo, perseguiçons, contato físico nom solicitado como apalpamentos nas nádegas, chegando no pior dos casos à violaçom e ao assassinato, o assédio sexual coloca a mulher como um objeto do qual se pode dispor a conveniência.

Por se a situaçom nom fosse o suficientemente aberrante por si só, observamos como o assédio público motivado polo machismo é apresentado como um elogio, um mero “piropo”, umha piada ou apenas umha pequena moléstia sem importáncia. E nom só isso, ademais acostuma-se culpabilizar as mulheres, especialmente as jovens, de fomentá-lo, acusando-nos de nom levarmos a roupa ajeitada ou de termos atitudes “provocadoras”.

A rua é o nosso espaço e nom vamos permitir que andarmos em lugares públicos implique que os nossos corpos também sejam de domínio público. Nom permitiremos que se nos cousifique nem hipersexualize. Combateremos toda agressom, por "inofensiva" que se considere, porque todas respondem ao mesmo programa ideológico que queremos derrubar.

Rebeliom e desobediência contra a sua violência!