O Governo francês aprova a CPE mas pede ao patronato que nom a aplique
Especial Mobilizaçons juvenís na França contra o CPE
Abril de 2006
Apesar das contundentes mostras de apoio popular aos protestos contra o Contrato de Primeiro Emprego (CPE) o Governo francés vem de publicar no Boletim do Estado a Lei de Igualdade de Oportunidades onde se topa inserida a contestada medida. Ainda assim, e num absurdo intento por restar apoio às mobilizaçons, Chirac anuncio que nom se aplicaria enquanto nom se reformassem alguns dos pontos.
A medida nom se aplicaria, apesar de ser assinada e aprovada por Chirac a passada semana, até que lhe fossem introducidas várias emendas. Concretamente o Governo anunciou duas modificaçons que se referem a diminuiçom de 24 a 12 meses o período de prova do CPE e a obrigatoriedade para o patrom a comunicar a razom do despedimento.
Tanto o movimento estudantil como os principais sindicatos que apoiam a luita contra o CPE já manifestárom sentir-se burlados polo anúncio do Governo e mantenhem o calendário de mobilizaçons até que a lei fosse retirada e apesar do que considerárom intentos de confundir o movimento.
Parece que o Governo francês tentou de novo um exercício de presdigitaçom política já que a reforma, que atenta gravemente contra os direitos laborais d@s jovens ao estabelecer o despedimento livre, foi apresentada como se do mundo do revés se tratasse, precisamente como umha medida para facilitar o acesso à mocidade ao seu primeiro emprego.
E é que a medida tem a sua origem na rebeliom juvenil que estalou nos subúrbios em Novembro do ano passado. Quando a opressom acumulada durante décadas de exploraçom selvagem, violência policial e racismo institucional estalou e deixou um regueiro de carros e edifícios queimados, o Estado reaccionou num primeiro momento com criminalizaçons generalizadas, repressom e detençons massivas para depois aplicar nova medidas desregularizadoras que continuem condenando a chusma a seguir sendo chusma, os perdedores do sistema.
Assim, o Estado francês e o governo Chirac-Villepin, em vez de reaccionarem com medidas que pudam paliar a agoniante situaçom que vive a mocidade na França, demonstram ao serviço de quem trabalham as democracias da Uniom Europeia, legislando umha medida que sacrifica os direitos elementares d@s trabalhadoras e trabalhadores jovens em favor dumha burguesia que nom renuncia a seguir engordando os seus já abultados benefícios a costa de generalizar a exploraçom e a precaridade.