BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

Loja Virtual
Arquivo Gr�fico
correio-e:
Compartilhar
Actualizada em
14/01/14
novas

Em 1º de Maio, na Galiza, na França, a luita juvenil é o único caminho

imagem

Maio de 2006

Vai lá quase meio ano desde que as primeiras explossons de luita da juventude francesa deixárom por trás miles de carros e edifícios queimados, em resposta a umha vida de paro, de exclussom, de racismo, assêdio policial e violência institucional. Após o correspondente trabalho desinformativo dos meios, e depois de que o ministro de Interior Nicolás Sarkozy tentara fazer crer ao povo francês que todo se devia à acçom de bandas de delinqüentes juvenís, a realidade tem negado de jeito rotundo a sua versom.

A vitória das massivas mobilizaçons juvenís e estudantís que por toda a França paralisárom ruas, cámpus e cidades inteiras tenhem sido um golpe certeiro à credibilidade do governo francês e por extensom a de todos os governos europeios. O intento da patronal francesa e do governo de Villepin e Chirac de instaurar o CPE (Contrato de Primeiro Emprego), era a resposta directa aos distúrbios de Novembro, umha tentativa de acrescentar ainda mais o ganho da exploraçom laboral sobre @s jovens, concedendo astronómicas subvençons às empresas que contrataram menores de 16 anos, legalizando o despido arbitrário e recurtando ainda mais os raquíticos direitos que lhe ficavam aos/às jovens franceses.

As multitudinárias manifestaçons que se dérom em resposta afogárom pola via dos factos toda mentira difundida polos meios e desde o governo, deixando bem claro ao longo de todo o estado francês que a juventude trabalhadora nom estava disposta a permitir que se hipotecasse o seu futuro, a sua vida, sem dar antes a batalha.

E ganhárom a batalha, mas nom a guerra.

O CPE está retirado, o governo francês suportou 10 semanas de mobilizaçons combativas e radicalizadas, que nom tivêrom medo de enfrontar-se à repressom policial e às tentativas de desmobilizaçom que se fraguárom no governo francês. Mas como se tem dito após muitas batalhas ao longo da história, hoje ganhamos nós, mas sabemos que voltarám. A burguesia francesa nom permitirá que as cousas fiquem em távoas, ainda que a contundência da resposta tenha feito que se replegue ante a resposta massiva da juventude francesa. Antes ou depois, tentará introduzir novas reformas laborais deste calibre, com outros nomes e com novos métodos, mas sempre com o único objectivo de acrescentar a sua riqueza a costa da juventude, das mulheres e das naçons ocupadas.

Neste 1º de Maio, Dia do Internacionalismo Proletário, som muitas as liçons que a juventude trabalhadora galega pode tirar do ocorrido na França. Se bem as próximas décadas de deturpaçom informativa e histórica tentarám reduzir esta vitória ao anonimato, defendendo a sua inexistência ou desvirtuando as suas causas, @s jovens na Galiza temos de ser conscientes do que se demonstrou a dia de hoje, em Maio de 2006. Demonstrou-se que a luita da juventude nom só é possível, senom que na nossa mao está o ganhar, temos a força para bloquear e destruir as reformas sócio-laborais que o governo do PSOE está a preparar, com o ministro Jesús Caldera de gestor e as empresas e a banca espanholas e europeias por trás. Temos a força para construir um caminho nosso, no que asseguremos umha vida verdadeiramente digna, um horizonte de liberdade que vaia mais lá do concepto de “livre” do que nos permitem desfrutar: O consumismo irracional.

O caminho tem de ser nosso, construído para os problemas reais da juventude galega: A precariedade, os acidentes laborais, os contratos-lixo, os trabalhos sem contrato, as agressons às mulheres, a discriminaçom sexual das moças, etc. Tod@s sabemos que nom é fácil, mas em contra do que tentam convencer-nos, é possível, tam possível como que o acavamos de ver com os nossos próprios olhos.

Num dia no que se conmemora a luita de séculos de opressom de classe, no que lembramos a cada trabalhador/a que tem contribuído à emancipaçom obreira ao longo da história da humanidade, @s jovens galeg@s queremos achegar também a nossa modesta experiência no caminho da libertaçom do nosso povo trabalhador, ao serviço do qual continuaremos o nosso trabalho, desde a perspectiva de classe, nacional e social de género.