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Actualizada em
14/01/14
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Balanço da participaçom juvenil na greve do metal no sul da Galiza

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Maio de 2006

:. Contra a precariedade laboral e a repressom policial. Adiante com a luita organizada da juventude obreira! ..+

A assembleia de operári@s do metal que tivo lugar 11 de Maio às portas do Concelho de Vigo pujo fim à greve iniciada 3 de Maio por umha apertada margem. E nom foi por acaso que um dos sectores frontalmente opostos ao pre-acordo e favoráveis a seguir pressionando ao patronato fosse o da juventude.

@s jovens que lá votárom em contra de aceitar o acordo que sindicatos e empresários assinárom, fôrom @s mesm@s que estivérom nas barricadas, em primeira linha de fogo durante os confrontos da segunda-feira dia 8 no centro de Vigo, @s mesm@s que fornecem o emprego submerso e temporário, que engordam as cifras de mort@s e ferid@s em acidentes laborais, os baixos salários, as jornadas de dez e mais horas, as subcontratas e o mundo da precariedade mais extrema.

A participaçom da juventude obreira nesta greve tem imprimido um carácter eminentemente combativo às mobilizaçons, como conseqüência de ser o sector mais agredido e explorado do proletariado metalúrgico.

Como exemplo desta combatividade podemos avaliar o saldo repressivo de 13 detid@s e dúzias de operári@s ferid@s, entre os quais um foi atropelado por umha carrinha da polícia espanhola e outro recebeu um pelotaço de borracha em pleno rosto.

Assim respondia o governo espanhol do PSOE às pressons e apelos da Presidenta da Cámara Municipal de Vigo, Corina Porro, e da Confederaçom de Empresários de Ponte Vedra de instaurar a lei e a ordem a toda costa. O bipartido autonómico optou por manter-se à margem e deixar fazer ao Sudelegado do governo espanhol na Galiza. A mesma gentalha que com grande cinismo punha o berro no céu polo autoritarismo do PP, agora que governa na Junta permite agressons policiais a trabalhadores/as sem imutar-se.

Nestes dias a oposiçom histérica do PP à nivel estatal tem catalogado a detençom de vários dos seus militantes por parte da polícia como “o atentado mais grande da democracia contra a liberdade de expressom”. A hipocrisia destes franquistas reformados nom consegue agochar umha verdade meridiana, a polícia pode espancar, agredir, disparar, golpear, atropelar, intimidar e deter aos/às operári@s que quiger; mas nom aos militantes dos partidos burgueses como o PSOE e o PP, que ao fim e ao cabo representam e defendem os interesses dos patrons.

É fulcral a denúncia que desde diversos sectores d@s trabalhadores/as mobilizad@s se tem feito do papel que tenhem jogado os sindicatos na desmobilizaçom, rebaixamento de objectivos, claudicaçons e renúncias que finalmente rematárom na desconvocatória da greve. A manifesta venda d@s trabalhadores/as que CCOO e UGT tenhem realizado fôrom devidamente repostadas nas concentraçons em solidariedade com @s detid@s e na própria assembleia do dia 11, nas quais os seus dirigentes fôrom apoupados. A prática pactista e amarela que define a sua “acçom” sindical nesta luita mostroua sua verdadeira face, tentando sair nas fotos das manifestaçons “pacíficas”, enquanto por trás pactuava em Madrid com Jesús Caldera e o patronato maiores misérias para a juventude e o conjunto do povo trabalhador mediante a nova reforma laboral.

A maior liçom que @s jovens trabalhadores/as podemos tirar desta experiência é que a unidade e mobilizaçom combativa, a resistência popular e a luita sindical som os únicos caminhos úteis para frear ao patronato, defender os nossos direitos e conquiistas laborais, e atingir a vitória contra o futuro que nos depara a patronal. Num momento no que existia a força objectiva e subjectiva suficiente para forçar a assinatura dum convénio muito melhor, o sindicalismo vendido moveu as suas peças para pôr-lhe topes à criatividade e luita obreira.

Embora o discurso e a atitude de alguns líderes sindicais da CIG fôrom bem diferentes, nom podemos avaliar como satisfactória a decisom de frear e parar a luita, desconvocando unilateralmente a greve em todo o sector. A juventude revolucionária organizada em BRIGA é consciente das inércias burocráticas e pactistas existentes nos órgaos de direcçom da central, alheias em muitas ocasions, como nesta histórica greve, dos interesses das bases operárias que representam. Na greve do metal do sul da Galiza nom se aprofundou e praticou o sindicalismo nacional e de classe antagónico ao do amarelismo espanholista. As inércias e derivas reformistas imperantes nos órgaos de decisom nacionais tivérom mais peso que a vontade de proseguir a luita por um convénio ainda melhor que defendia um amplo sector dos mais de 22.000 operários que secundárom a greve, basicamente, -nom nos cansaremos de dizé-lo-, a juventude proletária.

A juventude deve jogar um rol decisivo no sindicalismo galego do século XXI, como demonstrárom os factos nesta greve do metal. E é que por muita propaganda que se financie, por muitos clichés que se vendam, a juventude, nem passa de todo, nem vive bem, nem se conforma com o que tem. A radicalidade dos protestos destas jornadas falam-nos mais bem duns/umhas jovens que sabem o que lhes aguarda se nom actuam. É necessário seguir a criar um espaço político, sindical e juvenil que permita continuar a luita, porque a vitória é possível, e porque pronto se criarám novas situaçons para demonstrá-lo.