Artigo de opiniom sobre os acontecimentos do 28 de Junho em Lugo
Julho de 2006
Reproduzimos o artigo de opiniom publicado no web de Siareir@s Galeg@s assinado por Diego Bernal, membro da Assembleia deste colectivo na Corunha, sobre os aconecimentos do 28 de Junho em Lugo na estrea da selecçom galega de basquete e que trata a feroz manipulaçom mediática da que foi objecto Siareir@s Galeg@s na Voz de Galicia.
Japoneses, litronas, basquete e radicais no verao luguês
Japoneses, litronas, basquete e radicais som os ingredientes do último prato preparado numha das cozinhas da manipulaçom mediática mais afamadas da Galiza, servido desta volta para deleite dos inimigos de Siareir@s Galeg@s e da auto-organizaçom juvenil em geral. E é que este colectivo, que desde a década de noventa abandeira a defesa dos direitos da Galiza no terreno desportivo, foi a última vítima do jornalismo de investigaçom da Voz de Galicia, que os "independentistas radicais", e nom só, tam bem conhecemos.
Já o 29 de Dezembro os autoproclamados "jornalistas", numha demonstraçom de ofício que agradaria ao próprio Goobles, conseguírom nom fazer qualquer referência nas numerosas páginas que dedicárom ao Galiza-Uruguai sobre a presença ou intervençom de Siareir@s Galeg@s no estádio de Sam Lázaro. Lográrom durante mais dum mês, o que precedeu ao histórico primeiro jogo da selecçom de futebol, esquivar dezenas de notas de imprensa informando das iniciativas e actividades de Siareir@s Galeg@s, que só lograrom rachar o muro de silêncio em contadas ediçons locais. Evitárom referência algumha à mobilizaçom convocada polo colectivo para exigir a oficialidade das nossas equipas e o concerto que decorreu a apenas cem metros do estádio que acolheu a necessária homenagem a Nacho.
Mas o exercício que este meio praticara o passado 29 de Dezembro foi claramente aperfeiçoado com o galho do debute da selecçom galega de basquete em Lugo. As crónicas dos dias posteriores debulhárom umha realidade virtual sobre o que lá aconteceu utilizando todos os lugares comuns dos manuais de (des)informaçom e manipulaçom mediática mas inseridos num contexto que faziam da notícia mais inverosímil de costume. Assim topamo-nos com o clássico "independentistas radicais", definidos desta volta como jovens violentos com "litronas" de marca indefinida agredindo a populaçom constitucionalista luguesa antes de assistirem ao Galiza-Japom de basquete.
A mesma Voz de Galicia, que junto com os outros meios ao serviço do sistema levantárom um muro de silêncio arredor de Siareir@s Galeg@s, tratatando assim de ocultarem que as selecçons desportivas nom som qualquer capricho ou ocorrência da Junta senom umha velha demanda deste colectivo e outras organizaçons populares, dedicava a capa da ediçom luguesa a umha fotografia em que esta vez sim apareciam claramente as faixas e sóci@s de Siareir@s no Pavilhom Municipal. Mas nom apareciam para informar do nosso fundamental apoio às equipas galegas, tanto em Lugo como o dia seguinte em Vigo, senom para intoxicar e criminalizar, achegando umha imagem distorcida de Siareir@s Galeg@s em base a testemunhas que em nengum momento fôrom contrastadas com nengum representante do colectivo.
Assim a Voz de Galicia organizou nos dias posteriores ao 28 de Junho um julgamento paralelo em que os dous jovens que vam ser processados eram culpáveis de serem "independentistas" e polo tanto jovens violentos com "litronas". Nada se falava das provocaçons dos dous elementos fascistoides, que nom só dêrom vivas a Espanha senom também chamárom "rojos" e "hijos de puta" às e aos que se dirigiam ao Galiza-Japom, numha clara atitude de chularia e prepotência. Tampouco este meio falava da desproporcionada actuaçom policial que mais umha vez converteu os provocadores em cidadaos de bem e a agredida torcida em carrascos. Polícia que a pesar de repartir paus urbi et orbi, deter umha pessoa e identificar outra se topou com a resposta serena e responsável de Siareir@s Galeg@s que logrou evitar desviar a atençom do verdadeiro protagonista dessa jornada, a selecçom galega de basquete.