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Actualizada em
14/01/14
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BRIGA ante catástrofe nacional provocada pola vaga de lume

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Especial Se arde Galiza. Lume contra os responsáveis

Agosto de 2006

Umha parte importante do Galiza leva dias baixo umha nuve de fumo denso e escuro, da que caem continuamente restos de cinças e de matéria vegetal calcinada originadas nos devastadores lumes que levam semanas activos.

Os incêndios que estám a barrer a faixa sulocidental da Galiza atingírom já o difícil recorde de mais de 127 na jornada da terça, dos quais 67 estám actualmente fora de controlo. Mais do 35% dos efectivos de extinçom do Estado espanhol estám na Galiza, mas o lume nom se controla e continua o seu avanço sem acussar debilitamento algum.

Ainda que seja umha notícia que se repite todos os veraos, este ano os incêndios revestem umha clara intencionalidade que concentrou os focos à roda das grandes cidades e os núcleos mais povoados, além do eixo de comunicaçom mais importante do país, a A-9. Este claro intento de provocar o caos e o medo cobrou-se já três vidas, além de várias pessoas hospitalizadas, junto a mais de 25.000 hectáreas de monte e bosque queimados.

As declaraçons institucionais oferecidas até a data moveriam à gargalhada se a situaçom nom fora tam crítica. A hipocrisia de Tourinho, que afirma com a realidade em contra que todo está sob controlo (?!) só é igualada em esperpento polas recentes intervençons do senador polo BNG Francisco Jorquera, quem advertiu ao PP que nom podia criticar a actuaçom da Junta ao estar esta a seguir ao pê da letra a política florestal desenhada polos populares nos seus 16 anos de queimas indiscriminadas do monte galego.

As grandes actuaçons que o bipartito de Sam Caetano tem preparadas som espectaculares. Mobilizaçom de 1.200 efectivos das Forças Armadas para ocupar o monte, oficialmente para disuadir aos incendiários de continuar na sua “actitude delictiva”. Outra perla para a história da gestiom socialdemócrata galega, que aproveita a contingência como excussa para tirar imagens de uniformes nas cámaras de televissom e nos jornais. E é que estes militares nom vam fazer mais que possar, já que estes efectivos, ao igual que os da Guardia Civil e a polícia vam a ocupar o monte, nom a jogar-se a vida perante o lume. Isso fica para @s vizinh@s, que estám sendo a verdadeira barreira contra os incêndios em muitas comarcas. Para a Junta, todo vale para dar-lhe publicidade ao exército e justificar o gasto anual em Defesa, vagas e material para as forças de ocupaçom. Por enquanto, segue a amosar-se incapaz de afrontar com garantias de sucesso a crise aberta este verao.

Maliá nom podermo-lo saber com certidom, nom é necessária umha grande capacidade de discernimento para decatar-nos da relaçom existente entre os territórios afectados e os interesses urbanísticos de promotoras inmobiliárias e construtoras que levam anos tentando reproduzir o colapso urbanístico costeiro dos Països Cataláns no litoral galego. Para estes interesses, a queima e posterior requalificaçom de terrenos do rústico ao urbanizável é o objectivo a curto-praço que só precisa da colaboraçom das elites municipais corruptas que impulsionarám os posteriores planos urbanísticos, que incumprem as normativas vigentes das leis de montes e do solo.

Porém, nom podemos cair no reduzionismo barato, sabemos que as causas dos incêndios som múltiplas e variadas: Interesses das empresas madeireiras, inércias criadas por décadas de desestruturaçom do espaço agrário, progressivo êxodo de habitantes do meio rural face a Galiza urbana, falta dumha política florestal baseada na prevençom, abandono à sua sorte do sector primário, etc...

Enfrontamo-nos a umha destruiçom calculada e interessada, umha agressom ao meio ambiente que tem pontos de encontro com a catástrofe ecológica do Prestige, provocada polos interesses do capitalismo e a gestiom criminosa do governo espanhol. A similitude mais evidente mais umha vez é a nefasta linha de actuaçons do governo, só que neste caso virárom as tornas: Os que berravam “incompetência” e esigiam responsabilidades som agora os responsáveis, os que vendiam o governo da mudança reconhecem seguir com escrupulosidade as linhas mestras do governo do PP.

A ondas de lume seguem a abrassar miles de hectáreas, e o governo galego, recém abandonadas as suas férias, nom tem nem a capacidade de extinguir, nem a vontade de prevêr.