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Actualizada em
14/01/14
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PSOE-BNG apostam na Corunha por medidas repressivas contra a juventude para acabar com o botelhom

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Especial Ser jovem nom é delito

Janeiro de 2008

Desde o mês de Outubro de 2007 os meios de comunicaçom, especialmente os jornais direitosos La Voz de Galicia e El Ideal Gallego, tenhem dedicado multidom de notícias ao que eles denominam “problemática do botelhom”.

Jornalistas, políticos, vizinhança, sociólogos e todo tipo de peritos na matéria fôrom entrevistados ao longo destes meses e a sua voz pudo ser escuitada por todo o povo corunhês sem excepçom. “Es un problema gravísimo que afecta a las urbes de toda España” diziam uns, “Hay que prohibir la bebida de alcohol en la calle y su venta a partir de las 22 horas” diziam outros, “ya no hay valores, es necesario más educación” ou declaraçons tipo “la inseguridad en esta ciudad es intolerable, queremos más policía y menos ruído” fôrom reproduzidas teimosamente até que por fim, a passada terça-feira foi aprovada polos partidos governantes, PSOE-BNG, a nova ordenanza de regulación de la convivencia y el ocio en el espacio público de la ciudad. Esta ordenança de ridículo nome nom é mais que a plasmaçom de novas restriçons às já de por si raquíticas liberdades que temos @s jovens galeg@s hoje.

Todos estes personagens a demandarem mao dura contra a juventude e os seus hábitos de divertimento nom fam mais que deixar às claras a intençom destes cidadaos de bem: aumentar o controlo social nos espaços públicos da cidade e, aliás, nom ter de falar dos verdadeiros problemas da juventude. Agora na Corunha, todos estes indivíduos a se expressarem em correcto castelhano, pretendem fazer-nos crer que nos vam enganar com toda esta campanha mediática que a corrupta burguesia corunhesa nos ofereceu através dos seus vozeiros. Nom nos enganemos. A “problematica” do botelhom foi criada em conluio parceiro polas autoridades-meios de comunicaçom numha data concreta cuns objectivos políticos concretos. Antes dessa data o botelhom nom existia.

Mas, para que criar agora este “problema”? Falar de botelhom permite por um lado a criminalizaçom da juventude e por outro iludir problemas, desta vez sim graves e sérios, que padece a juventude galega em geral e corunhesa em particular. Os problemas da juventude reduzem-se assim à falta de educaçom, valores e motivaçons e para nada se fala dos alarmentes índices de precariedade laboral, dos contratos em prazos, das práticas sem remunerar, do incumprimento da lei por parte do empresariado, das horas extra, das nóminas que indicam umha quantidade e o cobro de umha muito mais baixa, da discriminaçom do galego...

Todo o mundo sabe que as desigualdades sociais criam problemas. A desigualdade nom pára de crescer, na nossa cidade há cada vez mais juventude empobrecida e pracarizada. Porém, nem no concelho de Maria Pita existe nengum representante político que seja porta-voz da classe trabalhadora nem da mocidade trabalhadora em particular, nem nos meios de comunicaçom espanhóis e burgueses vam deixar o mais mínimo espaço para a liberdade de expressom d@s milhares de jovens que todos os dias saem dos seus trabalhos com a necessidade de se evadir dessa lamentável vida à que o capitalismo inevitavelmente lhes conduz.

A burguesia espanholeira pretende fazer crer à juventude trabalhadora galega que a sua opiniom e os seus interesses som omnipresentes. Ninguém sae na defesa dos direitos d@s jovens na arena pública da cidade. É hora de dizer alto e claro que a rua é da gente. Que a repressom nom vai tirar @s jovens da rua. E que se realmente querem que a juventude beba menos por questons de saúde a repressom policial e a ameaça nom é o caminho. Que comecem por ter em conta a voz da juventude e por se preocuparem polos nossos problemas para nos emancipar e chegar a fim de mês...

Ver também o especial: Ser jovem nom é delito