Alcalde da Corunha anuncia retirada da simbologia fascista mentras mantém acusaçom contra os joves que tentarom derribar a Millán Astray

Maio de 2008

Esta semana veu à tona a denúncia levada a cabo por um vizinho da Corunha que exigia o cumprimento da recém aprovada lei da memória histórica que obriga as instituiçons públicas à retirada da simbologia fascista dos espaços públicos.

Numerosas organizaçons e entidades sociais, entre as que se encontra a esquerda independentista galega, tenhem denunciado em numerosas ocasions a desídia e a falta de vontade política das forças parlamentares por cumprirem com esta necessidade de higiene democrática. Esta passividade é bem conhecida por todas as pessoas democráticas comprometidas com a eliminaçom dos símbolos fascistas pois as primeiras leis espanholas que instam à desapariçom de simbologia fascista datam de 1981, quer dizer, levam cerca de 30 anos sem as aplicarem.

É por isto que mais umha vez queremos denunciar as hipócritas palavras de Losada perante a digna iniciativa deste corunhês. Por um lado di que vai aplicar a nova lei da memória histórica quando levamos décadas esperando pola aplicaçom das anteriores. Por outro, três jovens estám pendentes de serem julgados, denunciados polo Concelho, por tentarem dar cabo da estátua que em honra do sanguinário fascista Millán Astray há na cidade herculina.

Como vamos agora acreditar num alcaide que fazia parte do governo vasquista, contrário a eliminaçom da simbologia fascista por ser parte da “nossa história”? Que fazia ouvidos surdos às leis que lhe obrigavam a utilizar o topónimo da cidade na sua forma legítima? Que nom cumpria a lei de normalizaçom lingüística porque nom lhe dava a gana? Que denuncia três valentes jovens que cum acto simbólico denunciam a presença de dúzias de homenagens públicas aos assassinos do 36?

Agora este indivíduo di que aplicará a lei que nunca aplicou. Nom dá prazos nem dá nada mas isso sim, explica ponto por ponto o que fará com os símbolos com valor “histórico-artístico”: Serám restaurados com dinheiro público e levados ao museu militar.

Na Corunha somos muitos @s que queremos a nossa cidade livre do lixo fascista. Na Corunha, senhor Losada, somos muitos e muitas as que queremos que as ruas homenageiem os centos de represariados e represariadas, de assassinados e assassinadas, de exilados e exiladas, de desaparecidos e deparecidas provocadas por senhores como Juan Canalejo ou Millán Astray, por Mola ou Sanjurjo. Porque sim, senhor Losada, você que é médico deveria saber que Juan Canalejo, como sublinha umha campanha antifascista local, nom era cardiólogo.

Por todo isto é que BRIGA quer fazer público o seu apoio à demanda que exige a retirada da simbologia fascista das ruas da Corunha para além de concordarmos plenamente em que a estátua de Millán Astray deve ser fundida. Aliás, acrescentamos à proposta do Ovídio que com o bronze de que está feita se fagam milhares de pins com a legenda “Corunha Antifascista” para serem repartidos gratuitamente à mocidade corunhesa como medida simbólica que reafirme o compromisso da nossa cidade com os valores democráticos.