BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Editam nova folha de agitaçom em Ponte Vedra coincidindo com o Festival Intercultural

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Maio de 2008

Nom existe frase mais socorrida que aquela que começa com um “eu nom som racista” para a seguir afirmar todo o contrário com um “mas...”. Nos últimos meses temos assistido a umha campanha de assêdio contra o colectivo cigano que se viu submetido a umha pressom crescente desde o sector social mais direitoso e retrógrado da comarca. Este episódio começava ao se derrubar várias chabolas do bairro do Bao por iniciativa do concelho de Poio (governado polo BNG), seguido da sua tentativa de “realojo” na área residencial de Monteporreiro. Ante os diversos actos de ódio racial realizados na cidade, e ante diferentes declaraçons e actuaçons institucionais difundidas a respeito deste tema, BRIGA quer manifestar:

1.- A associaçom de vizinh@s El Mirador tem impulsionado umha campanha racista de intoxicaçom e assédio, empregado métodos mafiosos e intimidatórios com as famílias ciganas do Bao que iam a ser realojadas em Monteporreiro. Entre estes métodos destacam as ameaças nocturnas à porta da residência temporária d@s realojad@s, obrigando ao seu translado a um hotel por motivos de segurança. Também queremos denunciar a hipócrita escusa que este grupo esgrime para agochar o seu evidente racismo: A associaçom de ciganos com mercadeio de drogas, quando é vox populi que o 90% dos camelos da cidade som paios.

2.- A atitude claramente conivente e cúmplice com estas práticas do governo pontevedrês (BNG-PSOE). Em palavras do alcalde Fernándes Lores, “nom haverá realojo de famílias chabolistas em Monteporreiro”. Está claro que o governo municipal nom pensa permitir que “cidadans de terceira” ensujem a imagem irreal que querem dar dumha Ponte Vedra sem conflictos sociais, desigualdades e especialmente sem discriminaçom racial, mentiras imprescindíveis para que a urbe nom perda atractivo turístico. O mesmo responsável do cumprimento da recente ordenança contra o botelhom, Guilherme Vásques, já anunciou a paralizaçom das obras de acondicionamento para o prédio (abandonado desde há 20 anos) no que iam habitar as famílias ciganas, assim como o corte de água corrente.

3.- A este lamentável espectáculo soma-se a proposta de Quintana, que tenta vender a via de povoados ciganos transitórios como umha arbitragem salomónica, quando na prática nom é mais que mudar-lhe o nomem a um gueto para fazê-lo mais atractivo. Além do mais, esta possibilidade já tem demonstrado a sua inoperáncia total noutras propostas similares como a da Corunha há uns anos.

O governo desta cidade demonstra a sua escassa preocupaçom pola populaçom doutras étnias além da dominante, e permite a perseguiçom contra @s cigan@s por motivos meramente raciais. Nom é tam tolerante quando se trata de respeitar os direitos da juventude a reunir-se para beber e relacionar-se as fins de semana, ou para exercer a liberdade de expressom nos estádios e nas ruas de Ponte Vedra. Por outra banda, a Junta segue a mirar para outro lado, enquanto mais de 3.000 cigan@s galeg@s malvivem em chabolas e infravivendas por toda a nossa geografia.

De BRIGA esigimos um trato digno para @s cigan@s expulsados do Bao, a asignaçom de vivendas de protecçom oficial dignas para essas famílias, a criaçom dumha comissom permanente aberta na que obrigatoriamente tem de estar representado o colectivo cigano, o concelho e a populaçom cigana e paia de Monteporreiro, assim como umha resposta popular contundente contra o racismo e as suas diversas manifestaçons.