BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

Loja Virtual
Arquivo Gr�fico
correio-e:
Compartilhar
Actualizada em
14/01/14
novas

Reproduzimos discurso que encerrou mobilizaçom do 24 de Julho

imagem

Especial IV JRJ: Contra Espanha e o Capital. Desobediência e Resistência

Julho de 2008


Polo seu interese, reproduzimos a arenga que o representante da organizaçom leu na Praça de Maçarelos e serviu para encerrar a mobilizaçom convocada no marco da IV Jornada de Rebeliom Juvenil.


Companheir@s, bem-vind@s a esta mobilizaçom da IV Jornada de Rebeliom Juvenil organizada por BRIGA:

Hoje é um dia para recordar.

E digo isto porque hoje, por primeira vez, a juventude revolucionária organizada em BRIGA sai à rua em vésperas do Dia da Pátria, numha mobilizaçom que tem muito mais significado do que aparenta.

Hoje, as pessoas que aqui estamos trazemos às ruas de Compostela umha mensagem clara e inequívoca, a vontade inquebrantável da juventude trabalhadora galega de nom ceder ante o projecto nacional espanhol.

Nom é umha novidade que a juventude independentista percorra as ruas desta cidade na noite prévia ao 25 de Julho, mas sim o é que o projecto juvenil patriótico, marxista e feminista de BRIGA tenha expressom numha mobilizaçom que nom por modesta deixa de ter importáncia capital para a sobrevivência da Galiza e a libertaçom da classe obreira e as mulheres.

Este cámbio qualitativo é o passo obrigado após quatro anos de trabalho a prol da juventude trabalhadora, contra a exploraçom laboral e a impunidade patronal, a favor da libertaçom das jovens e contra o terrorismo machista e o patriarcado, pola solidariedade internacionalista e contra o espanholismo, polos direitos básicos da juventude e contra o poder adulto e a repressom juvenil, pola liberdade sexual e contra o heterossexismo e a homofobia; cenificando, em definitiva, um novo modo de intervençom feito desde, por, e para a juventude.

Somos, para desgraça da juventude galega, a única organizaçom juvenil que conjuga a análise de classes imprescindível para fazer frente com garantias ao projecto do capitalismo espanhol na Galiza, com o independentismo militante, reintegracionista e combatente mais comprometido, junto ao continuamente esquecido feminismo revolucionário, que luita pola libertaçom de mais da metade da humanidade, vítima do patriarcado. Nós achamos que faltando algumha destas premissas na nossa intervençom social, seja de massas ou estritamente nossa, nunca poderemos atingir essa Galiza libertada de exploraçons e opressons pola que luitamos, e pola que hoje estamos aqui.

Este salto cara adiante que esta noite damos, produz-se numha cojuntura de crise, na que o capitalismo espanhol tenta adormecer-nos a través de Eurocopas e campionatos de tenis e fórmula 1, enquanto os efeitos mais terríveis da mesma nos passam factura a nós, @s jovens, em forma de despedimentos massivos, precarizaçom brutal, queda em picado de salários, discriminaçom sexual, etc. Porque Espanha nom é um ente abstracto que unicamente queira aniquilar-nos como povo. Também precisa encadear-nos como classe, submeter-nos como mulheres, anular-nos como jovens. A destruiçom da nossa identidade nacional é umha estaçom de passo obrigada para atingir o que o Estado espanhol procura, umha juventude submissa, ignorante do seu passado histórico mais recente, consumista, classista, machista, e espanholizada. Alheia ao facto de sermos um povo diferenciado do espanhol, em processo de assimilaçom lenta à que diferentes sectores estamos a fazer frente. Porque sem um movimento juvenil forte, o MLNG verá-se privado de continuidade num futuro mais ou menos próximo, e sem umha juventude revolucionária conseqüente, combativa e coerente; esse movimento juvenil nunca verá o sucesso dos seus objectivos.

Eis a necessidade da juventude organizada, a urgência de eleger a pílula vermelha em trocas da azul para poder espertar dumha realidade que nos minte, que nos engana, que nos susurra ou ouvido palavras de desespero e derrota. Temos de fazer-nos conscientes de que podemos mudar as cousas, de que temos a força e a capacidade para fazê-lo, ligada a umha angustiosa necessidade de criar um mundo novo, porque este mundo, companheir@s, nunca foi tam tenevroso como até o de hoje.

A nossa força reside na unidade, em ser-mos a esmagadora maioria da humanidade explorada, submetida e sangrante. O capitalismo fai-nos crer que estamos sós. Mas do mesmo jeito que os dedos da mao nom tenhem força por sim próprios, ao unir-se formam um punho, o punho que tem toda a força da luita de classes, do combate pola independência e do feminismo revolucionário.

Nom só somos o futuro, somos um futuro melhor.