
Alecrim denuncia Vicepresidência da Junta por fazer apologia da prostituiçom

Campanha Quem cho impede? Liberdade sexual, o nosso direito
Janeiro de 2009
O Grupo de Estudos sobre a Condiçom da Mulher de Vigo (Alecrim) expressou a semana passada o seu rechaço à inclusom de Valerie Tasso, sexóloga e ex-prostituta de luxo, nas jornadas de sexualidade organizadas pola Junta sob o nomem de Sexuando.
A responsável da mesma, Ana Míguez, acusou publicamente à Conselharia de Vicepresidência regida polo BNG de fazer apologia subliminal da prostituiçom, polo que a associaçom feminista interpuxo a passada quarta-feira umha denúncia nos julgados de Vigo contra a Direcçom Geral de Juventude e Bem-estar, dependente da citada Conselharia.
Além do mais, a porta-voz do colectivo assinalava que a administraçom autonómica fixera umha clara defesa velada da prostituiçom, ao apresentá-la ligada à sexualidade como se tiver algo a ver. Ana Míguez achava também que a interpretaçom que a juventude pode fazer é terrível, admitindo a prostituiçom como qualquer outro trabalho, absorvendo a mensagem de que comprar um corpo de mulher nom tem nada de mau. Aclarou que a associaçom nom tinha nada contra as prostitutas de luxo, mas afirmou que estas eram umha minoria, sendo a maior parte das mulheres dedicadas à prostituiçom extremadamente pobres. Finalmente, Alecrim informou de que apresentarám tembém a denúncia ante o Instituto da Mulher, o Observatório contra a Violência de Género e o Valedor do Povo.
A resposta institucional nom se fixo esperar. O porta-voz do BNG, Anjo Quintana, assegurou que Alecrim fixera umha “má interpretaçom” do acontecido, para louvar depois o labor “tremendamente meritório” da associaçom e rematar aduzindo que “a tod@s nos passa que de vez em quando nom temos razom”. O vozeiro nacionalista A Nossa Terra, o sítio web do centro Quero-te e as associaçons de Sexologia galega e espanhola fixerom públicos artigos, notícias e comunicados condenando a acçom legal.
De BRIGA queremos manifestar que a prostituiçom das mulheres, entendida como a mercantilizaçom dum corpo para ser empregado como objecto de prazer de quem paga, é na actualidade e de jeito abrumadoramente maioritário um tipo de exploraçom sexual ligada às máfias, a trata de brancas, a inmigraçom ilegal, e em geral a um dos mais rendíveis negócios do capitalismo patriarcal. Mais do 95% das mulheres prostitutas som-no porque nom tenhem outro médio de vida. Amparar a exploraçom brutal de milhons de mulheres sob a reivindicaçom da sexualidade livre ou do direito individual a prostituir-se parece-nos indefendível desde parámetros de esquerda revolucionária.
Por outra banda, e derivado do direito a decidir sobre o próprio corpo que rege a nossa análise em sexualidade, entendemos como totalmente legítimo a decisom da prostituiçom quando nom interferem mais factores que a vontade própria de fazê-lo. O maior problema para este suposto é que no mundo que nos toca viver, esta situaçom dá-se numha fracçom ínfima de casos.
É importante salientar os verdadeiros culpáveis e cúmplices: clientes que conformam o mercado, máfias que se encarregam de enganar/seqüestrar/chantagear à “mercadoria”, estados que permitem e se beneficiam desta economia submergida, etc. As prostitutas som vítimas, como o som @s trabalhadores/as que nom chegam a fim de mês ou a populaçom palestiniana arrassada polas bombas sionistas. Do seu lado nos ponhemos, nunca em frente.
Atendendo ao princípio de defender os direitos da maioria social explorada, nom podemos se nom aplaudir a decisom de Alecrim, por plantar-lhe face pola via legal a umha intervençom em sexualidade juvenil claríssimamente desnortada, e que funciona nas coodenadas do machismo e o patriarcado.