BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Combate juvenil contra o espanholismo: reflexons sobre a jornada de luita pola língua

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Fevereiro de 2009

A uns dias da resposta popular contra a manifestaçom neofascista de Galicia Bilingüe, e ante a nova detençom desta quarta-feira dum companheiro de Ourense polos factos do passado Domingo, BRIGA quer reflexionar sobre os diferentes aspectos que convertêrom a jornada do 8 de Fevereiro de 2009 numha data para lembrar na história do movimento autodeterminista galego, especialmente quanto ao papel jogado pola esquerda independentista e a sua juventude organizada.

1. A manifestaçom de GB constituia umha expressom nas ruas de Compostela do neofascismo, e polo tanto umha provocaçom em toda regra para qualquer força de esquerda real. As 2500 pessoas que passeárom a rojigualda desde a Alameda à Quintá escoltadas pola polícia de choque espanhola nom defendia nem a liberdade, nem a equiparaçom em igualdade de condiçons de galego e espanhol. Muito ao contrário, esigiam com umha envoltura hipócrita que apelava teoricamente à “liberdade” a extinçom prática do nosso idioma, em contínuo declive em favor de espanhol até a actual situaçom de risco iminente de desapariçom dos usos orais, especialmente dramática entre a juventude.

Galicia Bilingüe emprega um estilo confusionista, ajeitado para adaptar as velhas consignas franquistas às formas politicamente correctas da democracia burguesa actual. Isto nom impede que se poda ver igualmente o que há trás do telom: o fascismo espanholista ligado ao empresariado espanhol na Galiza, que vê qualquer reivindicaçom da identidade do nosso povo como um sério perigo que deve ser esmagado. De tod@s é conhecido o apoio de PP, UPyD e Falange à sua convocatória. Os vivas a Franco e as lembranças para o Chile de Pinochet dos manifestantes da direita deixam bem às claras a hipocrisia com a que o fascismo golpista se disfarça de democrático quando lhe convém, amparando-se numha duvidosa esigência de liberdade entendida ao estilo do parte oficial de guerra do 1 de Abril de 1939.

2. Os distúrbios fôrom provocados pola polícia de choque espanhola ao atacar indiscriminadamente aos que nos opuxemos à mobilizaçom neofascista. Desde que se escuitou a primeira consigna em favor do galego, o dispositivo policial respondeu com golpes, insultos, empurrons, agressons indiscriminadas e intimidaçom. Qualquer que portasse um cartaz de Galicia Bilingüe era automaticamente ignorado como objectivo, como se dum talismam de protecçom se tratar. As contínuas provocaçons, insultos e agressons dos manifestantes de GB contra os que lá defendimos a nossa identidade nom obtivêrom mais que cobertura dos fardados espanhóis. Poucas vezes se fijo tam patente a funçom real da polícia, que ontem como hoje protege ao fascismo, ao regime vigorante, ao espanholismo fanático; e ataca com selvagismo as mobilizaçons e reivindicaçons nacionais galegas.

Nom podemos caer na armadilha de justificar a actuaçom policial e condenar a resposta popular. A autodefesa é um direito que ninguém nega quando falamos de casos individuais. Quando estes som colectivos e tenhem um trasfundo claramente político, nom podemos mudar a vara de medir. Para isso já estám os mass média, tertulianos e mercenários da informaçom, que fam as análises polas que se lhes paga.

O enfrentamento entre jovens manifestantes e polícia de choque foi, além do mais, desigual, e nom se pode se nom parabenizar a valentia de tod@s aquelas/es que eram conscientes de que estavam a enfrentar-se ao espanholismo nas ruas da capital da Galiza, e que soubêrom estar a altura.

3. Devemos lembrar ausências destacadas e comunicados infames que nom por esperáveis som menos sangrantes. Especialmente ressaltamos as do autonomismo juvenil organizado em Galiza Nova, que como no próprio web indica, está muito mais preocupado do voto por correio que dos ataques contra a nossa língua e de artelhar a necessária resposta na rua. A organizaçom satélite reproduz os dictames do BNG que também entonou a pantasmagórica Mesa pola Normalización Lingüística, condenando “aos vándalos” (é dizer, aos e às agredid@s), silenciando a quase dúzia de detid@s e unindo-se a GB na reclamaçom do seu livre direito a manifestar-se.

Comprovamos que Galiza Nova se converteu em mais um apêndice para a consecuçom de votos nas eleiçons, ignorando todo tipo de intervençom juvenil exceptuando a que permita assegurar salários e cadeiras nos gabinetes de governo.

4. O balanço repressivo é também contundente. Onze pessoas detidas, dez em liberdade com diversos cárregos (desordens públicos, obstaculizaçom dos direitos fundamentais e atentado à autoridade), agressons brutais (o membro da Direcçom Nacional de NÓS-UP Carlos Morais tivo de ser hospitalizado por ser espancado repetidamente na cabeça) e dúzias de espancados e retid@s por defender a língua. Os sucessivos processos judiciários serám com certeza um dos preços a pagar por ser conseqüentes com a defesa da nossa identidade como povo, e portanto, da nossa língua.

5. O papel da juventude na jornada de luita foi imprescindível, sendo a ponta de lança na resposta dada ao espanholismo o passado Domingo. A combatividade mostrada pola juventude da esquerda independentista é um exemplo a seguir, umha demonstraçom de que o dito naquele comunicado que BRIGA fazia público há umhas semanas nom eram declaraçons incendiárias sem conteúdo.

Porque entom, como hoje, se o fascismo tenta tomar a rua, terá de enfrentar-se antes com nós.