BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Entrevistamos a umha representante da juventude independentista basca

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Maio de 2009

Nos momentos em que o espanholismo da mao de Patxi López se fai com a presidência da CAB, BRIGA reproduze a entrevista realizada a umha representante da juventude independentista basca, na qual nos achega a leitura política dos resultados das passadas eleiçons do 1 de Março, o papel desenvolvido pola esquerda abertzale e os seus reptos na actualidade.

A Lei de Partidos aplicada polo TS e o TC a instáncias do PSOE nas eleiçons na CAB impediu a participaçom de D3M, ainda assim apostou-se por seguir com a campanha para levar às urnas as suas cédulas. Em todo isto que papel jogou a juventude da esquerda abertzale?

A juventude de Euskal Herria foi históricamente a ponta de lança do movimento de libertaçom naiconal, durante a campanha para as eleiçons vascongadas os jovens de esquerdas e abertzales tivemos claro que D3M, o voto de ouro, era o único que apostava por umha soluçom real ao conflito político armado que se vive no nosso pais. Frente a quem pretende impor a paz da prisom, frente aos poltroneiros, aos empresários, aos abrutes... nós tivemos clara a necessidade de impulsar esta candidatura, nos bairros, nas coladas de propaganda, buçoneando cédulas tachadas de terroristas, nos actos electorais proscritos, nos colégios electorais, a juventude de Euskal Herria respondeu com firmeza e dignidade ao fraude eleitoral.

Finalmente a noite do 1 de março conhecia-se o escrutínio provisional que fazia possível um pacto espanholista para fazer-se com o Parlamento, a pesar de que as opçons nacionalistas somavam 633.649 frente aos 482.839 do espanholismo. Como valorizades o resultado?

A “vitória” do chamado frente espanholista, demostra mais umha vez que EH é questom de estado, que todo está permitido com tal de aniquilar à disidência e fazer-se com o poder na “Zona Especial Norte”. Ilegalizar ideias e opçons políticas, desde o cálculo eleitoral e sem o mais mínimo pudor. A mal chamada democracia nom necessita caroutas, o seu único objectivo foi fazer-se com o poder, como já o demostrarom em Nafarroa. E conseguiro-no, de forma claramente antidemocrática, os demócratas de toda a vida aplicarom a leGALidade para impor um parlamento que nom representa aos habitantes de vascongadas.

Que supom esta muda para o trabalho da esquerda abertzale, em especial do juvenil?

A muda no Governo de Lakua nom implica mudas drásticas para o trabalho Esquerda Abertzale, as chamadas a umha maior dureza por parte da Políca Autonómica Espanhola, som cantos de sereia, nom cabe aguardar maior dureza do corpo repressivo que leva desde o mesmo dia do seu desplegue arremetendo contra os independentistas de EH, contra os trabalhadores e trabalhadoras que defendem os seus postos de trabalho, contra a juventude que reivindica os seus direitos...

Ademais o trabalho da esquerda abertzale é eminentemente político e de base, nos nossos bairros, postos de trabalho, nos centros de estudo, esse trabalho, nom muda em funçom de quem ocupe a poltrona. O trabalho pola libertaçom nacional seguirá adiante nas ruas, entre a classe trabalhadora, nom nos despachos e asentos de coiro.

Como valorades o resultado de D3M com mais de 100.000 votos? Quais eram as vossas expectativas?

Existe umha reflexom previa a realizar antes de entrar a valorar os resultados electorais de D3M. Cada voto recebido por D3M foi emitido por umha pessoa que era plenamente consciente de estar introduzindo umha cédula nula na furna. Ademais dita cédula era ilegal e o seu reparto foi perseguido polas diferentes polícias, as cédulas forôm consideradas botím de guerra, e ainda assim mais de 100.000 pessoas conseguirom umha e reivindicarom o seu direito a eleger a sua opçom política. 100.000 votos nulos som equiparáveis a 100.000 votos legais. O esforço e sacrifício que exige a campanha eleitoral nestas condiçom, entre detençons, persecuçons, multas, juizos, feche de sedes, ilegalizaçons de actos, seqüestro de material de campanha... Fam desses 100.000 votos, votos de ouro. E como tais temos que valora-los. Estes votos som ademais a prova de que nom puiderom com nós, som a prova do fracasso da política de ilegalizaçom de toda a maquinária repressiva no seu conjunto, Aqui seguimos, e aqui seguiremos.

Que papel jogarom e jogam agora o PNB, Aralar e o EA?

O papel de cada agente deve ser analizado por separado, atribuindo a cada qual o seu papel e funçons na situaçom actual de EH. O PNB segue apostando polo pacto com as forças “constitucionalistas” para assegurar um marco estável para as vascongadas, EA realiçou umha forte aposta polo pólo soberanista durante as últimas eleiçons e o posicionamento que tome de aqui adiante haverá que ter-se em conta. Sem embargo, Aralar converteu-se numha válvula de escape do sitema. O seu posicionamento transformou-nos numha alternativa assumível para o sitema, que começou a oferecer-lhes espaço nos seus meios de intoxicaçom, para dessa forma tentar socavar a referencialidade da Esquerda Abertzale, exemplos disso som a cobertura do Aberri Eguna ou do congresso de ELA, nos que por encima da notícia em si, a maior parte do tempo adicou-se às opinions a dirigentes de Aralar.

A ilegalizaçom de partidos políticos em EH é o reflexo mais evidente da falta de divisom de poderes no Estado Espanhol, os últimos forôm Askatasuna e D3M os ilegalizados mas som muitas as organizaçons e plataformas populares que sofrerom igual repressom por parte dos tribunais espanhois. Até que ponto condiciona esto a vossa actividade?

A ilegalizaçom é parte dumha estratégia repressiva mais ampla, umha estratégia repressiva que nos persegue de forma sistemática, na rua, na universidade, somos perseguidos, identificados, multados, enjuiçados, por as nossas actividades políticas, mas a pesares disso seguimos trabalhando dia a dia por este pais e a sua juventude. A ilegalizaçom por si mesma supom importantes limitaçons, a impossibilidade de desenrolar actividades públicas, a ameaça de ser detidos e escarcerados após passar 5 dias incomunicados, única e exclusivamente acusados de ser militantes da juventude independentista.

Em março a juventude independentista galega e basca assinavamos um manifesto reivindicando a necessidade da indepêndencia e o socialismo para as nossas naçons, aproveitando o periodo eleitoral na CAG e CAB. Qual é para vós a importancia destas iniciativas?

Desde EH entendemos como prioritárias as iniciativas que nos acheguem a outras realidades, que permitem a ruptura do bloqueio informativo existente sobre EH e permitem a construcçom de projectos políticos conseqüentes, enriquecidos desde o intercámbio de ideias e experiências.

Deixando o tema das eleiçons, que campanhas estades desenvolvendo na actualidade e quais som os vossos objectivos de futuro?

O movimento juvenil de EH está inmerso em diversos projectos, reflexados nos mais variados ámbitos de trabalho. Desde a produçom cultural, passando pola comunicaçom, até o desenrolo de projectos comúns (como encontros juvenís...). Mas a dia de hoje em EH a Greve Geral convocada para o 21 de Maio está tomando especial releváncia. A organizaçom juvenil pola sua parte segue trabalhando nos seus quatro eixos: Bologna, macroprojectos, vivenda e Feminismo. Nos que se estructuram as nossas campanhas e luitas.

Para acabar, se há algo mais que queirades comentar, somos todo ouvidos:

Por último gostariamos de fazer referència à dinámica da Europa dos povos, jovem e rebelde , que começou nos encontros internacionais levados a cabo em Kanbo antes da Gazte Martxa, segue durante o mês de maio com umha gira que os jovens independentistas estamos desenrolando por toda Europa e pretendemos terminar nestas eleiçons europeias.