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Actualizada em
14/01/14
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BRIGA reivindica o Dia da Mulher Antimilitarista

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Especial Comissom Nacional da Mulher

Maio de 2009

Tradicionalmente o movimento feminista sempre tivo, em todas as suas vertentes, umha forte tradiçom antimilitarista de facto o feminismo consequente é irrencociliável com o militarismo que é o máximo exponhente da violência machista. A luita duns poucos homens para submeter ao resto dos homens e a todas as mulheres, pola contra o feminismo é um exercício diário de rebeldia e insubmissom.

Nom esqueçamos que os valores do exército som o patriarcado, o militarismo, a xenofobia, a homofóbia,a obediência cega...

Exemplos das luitas antimilitaristas do feminismo som, por exemplo a acampada de mulheres na Aérea Greenham en Berkshire, no Reino Unido, o acampamento estableceu-se em 1981, depois de umha marcha de 180 km, até o 2000, polo fim da proliferaçom de armas nucleares. A sua manifestaçom de quase vinte anos chamou atençom mundial e canseguiu o apoio de milhons de pessoas em todo o mundo. Também é destacavel a participaçom das mulheres em movilizaçons anti OTAN do Estado Espanhol, já que idaque em 1982 o PSOE ganhou as eleiçons estatais sendo umha das suas promesas nom entrar na OTAN, em 1986, o Estado Espanhol entrou.

No sistema patriarco-burgues nom existe ningum reparo ético em que os exércitos invasores descarguem, mediante as formas mais atroces, a sua carga machista sobre as mulheres do território a colonizar como se esta a fazer em Afganistam e no Irake, onde mais de 10.000 mulheres forom violadas polas tropas estadouindenses em quatro anos e onde a prostituiçom é umha empresa militar.

Ficou demostrado que o terrorismo patriarcal é umha ferramente utilizada polo exército quando chegam a nós as noticias sobre as violacions que realizam os militares, umha práctica mais frequênte do sospeitado, som innumeraveis os casos de abuso e exploraçom sexual cometidos polas forças de 'paz'.

É sintomático do corporativismo patriarcal de organismos como a ONU, que se nega a condenar as violaçons que realizam os cascos azuis que incluem violaçons e todo tipo de torturas sexuais a meninas e mulheres de todas as idades, escravismo sexual, participaçom en redes de trata mulheres para prostituiçom, constituiçom e gestom de prostíbulos, transmissom massiva da SIDA e outras enfermidades venéreas, elaboraçom e distribuiçom de material pornográfico con menores e jovens das zonas, gravaçons de violacions de meninas...

Esta é a cultura e a ideologia militar que com estes valores justifica a guerra e medidas de repressom social com a passividade e siliêncio do grosso da sociedade.

Nas guerras, a visibilizaçom das mulheres materialíza-se ,entom, a través das vilaçons dos seus direitos tanto nas prórpias guerras como nos campamentos de refúgio. Casos conhecidos som por exemplo o da guerra dos Balcans onde, em 1991, cometíam-se violaçons massivas de mulheres, engrabidaçons forçadas e assassinatos dos homens de outros grupos étinos, culturais ou religiosos, ou o seqüestro de milheiros de mulheres dos estados ocupados polo Exército japonés na última guerra mundial, como Taiwan, Filipinas, Corea do Norte e do Sul, Indonesia e Malasia, para utiliza-las como prostitutas para os militares,estas mulheres receberom o nome de "confort women". No ano 2000 criou-se um tribunal, O Tribunal Internacional de Mulheres por Crímenes de Guerra para o julgamento da escravidom sexual a maos do Exército Japonés. É sabido também que o deslocamento de muitos homens a zonas de guerra tem que estar aparelhado aos altissimos níveis de prostituiçom, prostituiçom de caracter especialmente forçoso já que nom é de extranhar que as prisioneiras políticas soam desempenhar este papel.

É importante e fundamental diferenciar de todos os jeitos aos exércitos opresores dos exércitos de liberaçom. Até aqui constatamos que os primeiros suponhem o mantemento da opressom e exporaçom de todo tipo, o nosso rechazo em este caso é total. Falar de exércitos de liberaçom é um tema completamente diferênte, já que é precisamente a necessária resposta dos oprimid@s à violência e opressores, para acabar com a exploraçom e a opressom. Este é um debate necessário, no feminismo: que as mulheres sejamos antimilitaristas implica que estejamos em contra da utilizaçom da violência?, a resposta obvia é que nom. Os exércitos de liberaçom assim como as resistências formam parte da luita por um mundo melhor e mais justo, e luitar consequentemente por isso é supom acabar com todo o que o impede, com todo o que sustenta a violência institucionalizada, o terrorismo de Estado, o seu exército, a sua polícia... A participaçom das mulheres nos exércitos de liberaçom é importante já que somos um sector triplemente oprimido que tem que luitar pola sua liberaçom, é importante também porque os valores que nos imponhem as mulheres som a sumissom, obediência, a nom rebeliom... que som valores que nos volvem submisas e nos algemam a opressom.

Temos que ter em conta que a participaçom das mulheres em exércitos de liberaçom nom deve ser simples, já que estos som espaços de maioria masculina, nos que os valores prodominantes som masculinos, as veces sexistas e machistas.

As mulheres falamos de paz, mas nom de umha paz que nos oprima, falamos de um contexto onde as mulheres nom sejamos objectos, nom fagamos duplas jornadas de trabalho invissibilizado, onde decidamos se queremos ser maes ou nom, onde tenhamos os mesmos direitos e as mesmas valoraçons, onde nom haja violaçons, onde nom morramos por abortos clandestinos, onde nom se expropie o nosso corpo, onde sejamos protagonistas se nom subordinadas.

Ver também o especial: Comissom Nacional da Mulher