BRIGA, organiza�om juvenil da esquerda independentista

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Actualizada em
14/01/14
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Entrevista a Alexandre Rios sobre a V Jornada de Rebeliom Juvenil

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Julho de 2009

A poucos dias da celebraçom da quinta ediçom da Jornada de Rebeliom Juvenil o portal da organizaçom comunista Primeira Linha oferecia aos e às suas leitoras umha entrevista ao Alexandre Rios, membro da Mesa Nacional de BRIGA. Polo seu interesse, reproduzimos integramente a entrevista.

Para começar, poderias fazer umha pequena apresentaçom desta V Jornada de Rebeliom Juvenil que BRIGA organiza de novo na véspera do Dia da Pátria?

Esta quinta ediçom da Jornada de Rebeliom Juvenil quer fortalecer o que já é umha cita obrigada para a juventude da esquerda independentista, através de diferentes actividades que combinam o activismo e o lazer, sempre com umha perspectiva de reivindicaçom e luita.

Esta entrega do 24 de Julho tem umha especial importáncia pola conjuntura nacional e internacional que vivemos, marcada por umha crise estrutural do capitalismo, que está a lançar à rua milhares de jovens galeg@s sem trabalho, com hipotecas e pagamentos pendentes de créditos bancários que nom dam a mínima garantia para a sua subsistência imediata. O engrosse de sectores cada vez maiores da juventude galega nas camadas da pobreza absoluta e relativa som um facto que estamos a ver diariamente nas nossas vilas e cidades.

É por isso que no III Congresso Nacional analisávamos a situaçom sob a mesma legenda que empregamos para a Jornada de Rebeliom Juvenil e a campanha nacional que estamos a desenvolver:Tempo de crise, tempo de luita. E sobre os mesmos eixos apresentamos esta V Jornada, que neste ano deve sobretodo denunciar a crise do Capital que está a continuar avante apesar das maquilhagens mediáticas e o resgate financeiro do governo espanhol, e na qual a juventude obreira é a principal golpeada.

A actividade da vossa organizaçom numha data tam assinalada como esta começou em 2005. Como valorizades o seu progresso desde entom?

Em primeiro lugar conseguimos um sítio por méritos próprios no calendário das datas da esquerda independentista, mas nom só: A Jornada de Rebeliom Juvenil é o maior evento organizado por qualquer entidade da esquerda independentista ao longo do ano, tanto em número de assistentes como em esforços investidos.

Um dos fins que lá polo ano 2004 marcávamos era atingir a capacidade de o realizar sem nengum tipo de ajuda ou subsídio institucional, mas sobre o esforço de militantes, colaboradores, colaboradoras e pessoas próximas. Após cinco anos, esses objectivos estám plenamente conseguidos, sendo a Jornada de Rebeliom Juvenil um dia organizado por e para a juventude trabalhadora galega.

A experiência militante acumulada ao longo deste lustro também foi um ponto a favor, que permite aforrar esforços, maximizar vantagens e solucionar problemas e imprevistos dum jeito mais eficiente.

Que representa para BRIGA a Jornada de Rebeliom?

É o dia do ano em que se reivindica a luita juvenil contra o capitalismo espanhol, o poder adulto e o patriarcado, a data que comemora a batalha da juventude obreira e trabalhadora pola independência, o socialismo e a destruiçom do patriarcado.

Som 24 horas nas quais homenageamos tod@s @s jovens que dedicárom a sua vida a luitar contra o capitalismo e pola autodeterminaçom do nosso povo, é umha jornada de luita contra Espanha e o Capital, em definitivo.

Mas, ao mesmo tempo, é um encontro de ócio, no qual a música, o bom ambiente e a diversom também tenhem protagonismo; com um cartaz de concertos em que os grupos galegos som inescusáveis, assim como outras bandas de conteúdo reivindicativo, especialmente doutras naçons oprimidas.

Na IV Jornada de Rebeliom Juvenil (a anterior) convocastes pola primeira vez umha manifestaçom durante os actos do 24. Qual é a avaliaçom da experiência e as expectativas para esta nova convocatória?

Para nós a assistência à manifestaçom de 2008 foi muito positiva, já que apesar de ser um primeiro contacto, conseguimos juntar mais dumha centena de jovens, atingindo a média doutras manifestaçons similares, e complementando com o perfil mais político a Jornada de Rebeliom Juvenil.

Para este ano aguardamos manter-nos e incrementar o número de jovens que caminhem polas ruas de Compostela reivindicando o 24 de Julho como o que é: Umha jornada de luita juvenil.

No contexto de crise capitalista mundial, por um lado, e de retorno do PP (na sua versom mais antigalega) ao governo da Comunidade Autónoma Galega, por outro, como achades a situaçom da juventude trabalhadora galega e que perspectivas se abrem para umha organizaçom juvenil revolucionária como BRIGA?

O regresso do fraguismo recauchutado nom vai trazer grandes mudanças a respeito do bipartido de PSOE e BNG. A impunidade empresarial, o tráfego de miséria por parte das ETTs, o terrorismo patronal, a violência machista, a lesbigaytransfobia e demais conseqüências do capitalismo patriarcal e da opressom nacional nom vam mudar no fundamental em funçom dos seus gestores.

A prática política dos dous partidos espanhóis e do autonomista demonstrou com factos a sua falta de vontade para atalhar os nossos problemas mais acuciantes; ao contrário: Do fraguismo até hoje passando polo parêntese social-democrata, nom figérom mais do que piorar.

A volta da direita do PP a Sam Caetano nom é mais do que a máscara mais agressiva da burguesia, que nos contextos de crise exige mao dura e paus contínuos à classe trabalhadora.

Neste senso, abrem-se possibilidades reais de avançar na consciência das massas de jovens explorad@s, afectad@s por ERE ou no desemprego; que vam ver as suas condiçons de vida, já de por si precárias, numha queda livre. A única resposta a esta miséria certa está no fortalecimento dum movimento juvenil de massas que compreenda a necessidade da independência, da revoluçom socialista e da queda do patriarcado como as alternativas estratégicas à irracionalidade assassina a que nos leva o capitalismo.