
O caso dos “pijo borrokas” ou a indecência do pseudo-jornalismo espanhol

Especial Ser jovem nom é delito
Setembro de 2009
O acontecido o passado fim de samana no exclussivo município madrileno de Pozuelo serviu para re-activar o debate sobre o botelhom e, como nom, as demandas de mais e maiores medidas repressivas para atalhá-lo.
Disponibilizamos no nosso web o artigo publicado polo companheiro Alexandre Rios Bergantinhos no portal de Primeira Linha recentemente sobre o assunto.
O caso dos “pijo borrokas” ou a indecência do pseudo-jornalismo espanhol
Estes dias almorçamos, jantamos e ceamos com as imagens protagonizadas por uns centos de jovens da localidade madrilena de Pozuelo, que conseguírom pôr contra as cordas a polícia local e o amplo despregamento de polícias de choque espanhois na noite do passado Sábado.
A história contava com todos os ingredientes para se converter em centro da cena mediática. Jovens, álcool, violência, botelhom, somada ao elemento cibernético, por isto de que @s protagonistas subírom à rede os vídeos gravados com os seus próprios telemóveis dos confrontos com a polícia. Os sissudos analistas, na realidade profissionais do morbo disfarçados de jornalistas, tinham pasto abondo para encher horas de rádio e televisom e dezenas de páginas dos jornais.
O acontecido neste “exclusivo” concelho madrileno, provocado mais por umha combinaçom de álcool e exagerado despregamento policial que por umha crise cultural da juventude como afirmam os histéricos contertúlios, serviu para trazer de novo às capas informativas o assunto do botelhom e, mais umha vez, a utilidade da aprovaçom de medidas de carácter repressivo para o atalhar.
Na realidade, o botelhom nunca chegou a desaparecer das prioridades dos que se autodenominam jornalistas, mas os acontecimentos da passada semana servírom de álibi perfeito para testar a ineficiência de umhas normativas municipais que, como muit@s denunciamos na altura, só utilizava a preocupaçom pola saúde da mocidade como oportuna escusa para criminalizar e aprovar normativas de carácter repressivo.
Na Galiza, a maioria dos concelhos importantes, quer estejam governados por PP, quer polo PSOE ou o BNG, contam desde há tempo com normativas anti-botelhom à espanhola que, como podemos comprovar qualquer fim de semana, som completamente inúteis na erradicaçom do seu tam cacarejado principal objectivo: a ingesta excessiva de álcool entre a juventude.
Porque, na realidade, para que servirom as normativas aprovadas na Galiza contra o botelhom? Só, no melhor dos casos, para alargar a presença policial em algumhas zonas vetadas à juventude e para levantar umha útil cortina de fumo sobre, secundariamente, o debate sobre o consumo de drogas e, principalmente, a impossibilidade real de solucionar os problemas que @s jovens sofremos, que atrás do assunto do botelhom aparecem distorcidos e protagonizados por umha geraçom de hedonistas e violentos.