
O PP defende simbologia fascista na Corunha.

Setembro de 2009
A poucos dias de que o Concelho da Corunha anuncia-se a aprovaçom da retirada de 53 símbolos da dictadura franquista, o PP nom perde oportunidade para defender o franquismo e volta a posicionar-se ao lado dos golpistas e dos assassinos.
Carlos Negreira, presidente provincial do PP da Corunha e portavoz da oposiçom municipal do Concelho, criticou com dureza o cumprimento da Lei de Memória Histórica na cidade achando que a verdadeira finalidade era “a crispaçom”. Ao pouco Feijoó declarava que “ estás questons saldam-se no concelho” ressumindo nos factos o seu total beneplácito às declaraçons do líder corunhês; na mesma linha, esse summum da nóstalgia franquista que venhem a ser os da Associaçom de Veteranos da Legiom interporá umha denúncia pola retirada da estátua e as distinçons de filho predilecto.
No referente à retirada da estátua do general sublevado Millán Astray, fundador da legiom e activo colaborador de Franco que deixa na história frases como “ o fascismo: O sanador de Espanha” ou “Morra a inteligência, viva a morte”. O líder do PP na Corunha chegou ao ponto de defender a sua permanência por "ser um monumento a umha pessoa que é um corunhês de pro, de toda a vida. Umha pessoa que criou um corpo que ainda está vigente”. Sendo mais que umha declaraçom, o paradigma da defesa acérrima que as instituiçons fam do exército espanhol, herdeiro directo do Golpe de estado do 1936.
A posiçom da Cámara Municipal (PSOE-BNG), vendida como o nom vai mais da higiene democrática, apenas é a resposta acomplexada e retrasada do cumprimento da legalidade espanhola, a qual canonizou a impunidade e o “nom se fale mais do passado” com a insuficiente Lei de Memória Histórica, que iguala na prática a assassinos e assassinados. Na realidade só aproveitaram as reformas que vam ter lugar na praça para retirar a estátua e leva-la ao Museu Militar, onde continuará a ter um lugar de “prestígio”, reconhecimento do que seguem a carecer tod@s @s repressaliad@s. Que tipo de democracia é esta na que nom se festeja publicamente este tipo de iniciativas?
Mais umha vez assistimos atónit@s aos complexos e aos medos à hora de materializar a reivindicaçom do legítimo direito a termos as nossas ruas limpas de simbología fascista. Lembremos que as primeiras leis de memória histórica levam arredor de 30 anos sem se aplicarem sendo premeditadamente ignoradas.
Esclarece ainda mais a sua hipocrisia o facto de que em abril deste mesmo ano a fiscalia pública, a associaçom de veteranos cavaleiros legionários e a própria Cámara Municipal levarom a juiço a três jovens antifascistas que em 2005 tentarom derrubar este icone da barbarie fascista na Galiza, baixo a petiçom de penas que acumulavam um total de 5 anos de prisom e 24.000 euros de multa. É impossível que o Concelho se venda como o motor da limpeza de simbologia fascista quando à vez pede 2 anos de prisom e 5.400 euros de multa por danos a umha estátua que nom deve ser trasladada, mas fundida e empregada para fazer um novo monumento às vítimas do holocausto fascista na Galiza.
Simbologia fascista fora da Galiza!