
Manifesto contra a ordenança do botelhom

Especial Ser jovem nom é delito
Outubro de 2009Perante as numerosas acçons repressivas lançadas polo Concelho de Vigo contra a juventude, os e as jovens de Vigo organizadas em Briga querem denunciar os factos que milheiros de jovens vigueses tenhem que suportar cada fim de semana.
Desde que a conhecida “lei anti-botelhom” entrou em vigor a finais de verao, o Casco Velho da cidade está sob um verdadeiro toque de queda a partires das 22h das noites das fins de semana. A esta hora, até 50 polícias percorrem rua a rua, a pé e em carro, na pesquisa de qualquer grupo de jovens aos que multar. Bem se vê, que a intimidaçom, a acossa e o controlo policial som três constantes nas noites de lazer viguês. Por este motivo o grupo de base de Vigo editou um panfleto informativo que se reproduz a continuaçom:
Manifesto contra a ordenança do botelhom
Ao igual que noutras cidades e vilas da Galiza e do Estado espanhol, o Concelho de Vigo está a levar a cabo umha ofensiva contra a juventude e alguns dos seus direitos fundamentais: o ócio, a liberdade de reuniom e o direito a decidir sobre os nossos corpos. As ferramentas que utiliza o bipartido nesta cidade som claras e evidentes. Mais umha vez a repressom da juventude converte-se na rápida e doada soluçom dos que mandam, evitando analisar a fundo os problemas e tratando-os desde a sua base.
A ordenança contra o botelhom que está a levar a cabo o Concelho de Vigo, apostando pola proibiçom de que @s jovens se reúnam na praça do Bervés e na zona de vinhos, responde à única estrategia: a criminalizaçom e repressom da juventude.
Aliás, a obrigatoriedade imposta os locais de copas do Casco Velho de fechar as suas portas às 3 da manhá, acrescentado pola intimidaçom policial que está a sofrer a zona de Churruca, evidência os jeitos antidemocráticos que imperam na pseudo-democracia burguesa espanhola.
Falam de que lhes preocupa a ingesta excessiva de álcool por parte da juventude, mas com os ingressos que ganham com a sua venda lucram-se os petos. Também se enchem a boca e sentem-se orgulhos@s de tratar o problema do álcool e a sexualidade oferecendo como soluçom umha pílula que custa 20 euros; falam do ruído que molesta à vizinhança, mas nom fam nengum estudo dos graus de decibélios. Aliás, por quê proíbem as reunions dos moços e moças na Praça do Bervés e sim que o permitem no castro, zona que deveria estar protegida já que é património de todos e todas as viguesas?.
A proibiçom de consumir nas ruas de “vinhos” fora dos locais, responde o interesse dum capitalismo em crise que pretende que a juventude trabalhadora galega siga evadindo-se da sua miséria diária, mas em locais onde os preços som mais caros e inassumíveis pola maioria de nós.
A hipocrisia do Estado espanhol chega até extremos incríveis. Nom nos deixemos enganar. É o próprio capitalismo quem gera miséria e à sua vez cria a indústria da noite, onde moços e moças consumem drogas impunemente em macro-festas. E logo pretendem lavar a cara com quatro campanhas publicitárias para esconder que o Estado saca umha boa taxa de ganho com o ócio consumista e “adormece mentes e intelectos” que o capitalismo promove, já que a finalidade de este tipo de ócio é que a juventude nom pense, que só queira que chegue a fim de semana para evadir-se e renunciar o seu direito de rebeliom, que é o que mais teme este sistema.
A soluçom nom é a repressom. Devemos estar preparados e preparadas para dar-lhes umha resposta. Porque o nosso ócio pode-se melhorar. A falta de edifícios públicos onde desenvolver as nossas iniciativas e actividades ( poesia, tiro com arco ou pistolas de pintura, pistas de música para todos os gostos, talheres, competiçons, más concertos, concursos literários, de computador, palestras, educaçom sexual, etc). As e os jovens temos propostas para acabar com o lixo, os comas etílicos e demais problemas que pode gerar o famoso botelhom:
1. Mais contentores nas zonas de marcha que facilitem os jovens a recolhida do lixo
2. Serviço de informaçom sobre drogas e álcool dependente do concelho além do já típico posto de informaçom da associaçom Alborada, e campanhas de educaçom sobre as drogodependências.
3. Reparto gratuito de anticonceptivos
4. Iniciativas para promover umha eficaz recolhida de refugalhos.
5. Serviço sanitário nas zonas de “marcha”.
6. Expulsom das forças policiais das zonas onde se reúnem @s jovens, em especial da zona de “Churruca”, onde a intimidaçom policial é continua.
7. Criaçom duns horários para o feche de locais alicerçado numha assembleia aberta entre representantes da vizinhança, d@s jovens e d@s don@s dos locais.
CONTRA A NOSSA CRIMINILIZAÇOM E REPRESSOM: REBELA-TE!